Serão quatro dias de atividades dedicados a aprofundar e debater os desafios da política internacional contemporânea com especialistas e convidados, por meio de curso, seminários e palestras que abordarão temas centrais como governança global, diplomacia, segurança, direitos humanos e economia internacional.
A missão da Revista Relação Exteriores é estimular a formação de leitores críticos e capacitados para as demandas do campo internacional. O Simpósio conta com diversos painéis e atividades para aprendizado e formação profissional e científica.
O curso apresenta uma introdução teórica e aplicada ao estudo das instituições e organizações internacionais, examinando como elas emergem, funcionam e se transformam em meio a uma ordem internacional em constante mudança.
Serão discutidos os modelos de governança, os mecanismos de cooperação e conflito, e os novos atores transnacionais que desafiam o papel tradicional dos Estados.
O curso tem como objetivo compreender as bases institucionais da política internacional, analisando:
O papel das organizações intergovernamentais (IGOs) e organizações não governamentais internacionais (INGOs);
A formação dos regimes internacionais e suas funções na regulação de áreas como segurança, comércio, meio ambiente e direitos humanos;
As teorias contemporâneas sobre cooperação e poder, da abordagem racionalista à construtivista;
A relação entre soberania, governança global e legitimidade institucional.
Ao final, os participantes terão uma base sólida para interpretar a arquitetura institucional do sistema internacional e avaliar sua influência sobre a ordem mundial contemporânea.
Da ordem westfaliana ao multilateralismo do pós-1945: fundamentos dos sistemas interestatais.
Arquitetura institucional do pós-guerra: ONU, Bretton Woods, segurança coletiva e regimes econômicos.
Como instituições moldam comportamentos: cooperação, previsibilidade e socialização de normas.
Erosão da ordem vigente: multipolaridade emergente, competição estratégica e disputas de legitimidade.
Crises contemporâneas como desafios institucionais: guerra na Ucrânia, Oriente Médio, tecnologia e cadeias produtivas.
A lógica dos regimes internacionais: áreas como segurança, comércio, meio ambiente e direitos humanos.
Por que Estados cooperam — e por que deixam de cooperar — em contextos de rivalidade crescente.
Uso estratégico das instituições por grandes potências: assimetrias, poder regulatório e influência.
Fragmentação institucional: acordos paralelos, coalizões restritas, minilateralismo e iniciativas concorrentes.
Disputa por regras e padrões: tecnologia, energia, comércio digital e instrumentos de controle estratégico.
Disfunções atuais: paralisia decisória, vetos recorrentes e bloqueio de reformas necessárias.
Realismo geopolítico revisitado: competição entre grandes potências e busca por influência estratégica.
Limites do institucionalismo liberal frente à disputa China–EUA e ao revisionismo de potências ascendentes.
Abordagens construtivistas: legitimidade, narrativas e contestação das normas internacionais.
Instituições formais e informais: clubes estratégicos, grupos ad hoc e novos mecanismos de coordenação.
Efetividade e cumprimento de acordos em ambientes de rivalidade e desconfiança entre Estados.
Crises de legitimidade institucional: percepções de injustiça, captura decisória e contestação por países em desenvolvimento.
Atores transnacionais como agentes de influência: empresas estratégicas, ONGs, redes digitais e centros de pesquisa.
Autonomia e limites das organizações internacionais sob pressão de Estados e coalizões regionais.
Geoeconomia e regulação: energia, cadeias produtivas, infraestrutura e tecnologias sensíveis.
Reconfiguração da ordem: multipolaridade, alianças regionais, novos bancos e arranjos institucionais alternativos.
Disputa entre modelos de organização política e econômica: liberal, autoritário, desenvolvimentista e híbridos.
Possíveis trajetórias da ordem internacional: fragmentação, competição permanente ou nova institucionalização.
Consequências para diplomacia, política externa e estratégias nacionais de adaptação.
Prof. Guilherme Bueno
Formado em Relações Internacionais pela Universidade Federal de Santa Catarina, é editor e pesquisador da Revista Relações Exteriores desde 2019, analista, professor, consultor e diretor da Escola Superior de Relações Internacionais. Ministrou os cursos de Política Externa Chinesa e Política Externa Brasileira nas duas últimas edições do Curso de Política Externa.
Introdução histórica: de Westfália à Liga das Nações. A evolução da governança internacional e o papel das primeiras organizações multilaterais.
Maria Cecília Silva de Souza
Alice Helena Heil de Borba
Talissa Angonese
Bianca Chinelli
Conceito e tipologia de regimes. Áreas temáticas: segurança, comércio, meio ambiente e direitos humanos.
Analis Rossi e Dara Maria Marques da Silva
Lucas Pereira de Medeiros
Isabella Goldoni Paludo
Geovanya Sonally Araújo de Oliveira
Abordagens realistas, liberais e construtivistas; poder, normas, legitimidade e efetividade institucional.
Ana Beatriz Domingues Martins e Maria Manuela Soares de Oliveira
Natan Willian de Souza Noronha
Diego Aranguiz de Oliveira
Andrezza Christina Alencar de Lima
Atores transnacionais, autonomia institucional, desempenho e dilemas de legitimidade.
Júlia de Souza Zwetsch
Bianca Negri Pinheiro e Gabriel Modolo Capelozza Boaventura
Debate final com convidados e coordenação da Revista Relações Exteriores.
A política externa molda o mundo — compreendê-la é essencial para quem quer atuar com inteligência no cenário internacional.
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Sim, o simpósio será realizado 100% online, com transmissão ao vivo. A participação é aberta a todos os interessados no tema, independentemente de formação prévia na área.
Sim. Para garantir o valor de inscrição para estudantes, é necessário enviar um comprovante de matrícula atual, referente ao semestre ou ano vigente. O envio pode ser feito diretamente no momento da inscrição ou, se preferir, por e-mail.
Sim. Todos os participantes poderão receber o certificado de participação, desde que cumpram ao menos 75% de presença nas transmissões ao vivo ou obtenham 80% de aproveitamento nas avaliações disponíveis no painel.
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