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Os interesses geoestratégicos dos Estados Unidos para a Iniciativa dos Três Mares na Europa Central e Leste 1 Os interesses geoestratégicos dos Estados Unidos para a Iniciativa dos Três Mares na Europa Central e Leste 2

Os interesses geoestratégicos dos Estados Unidos para a Iniciativa dos Três Mares na Europa Central e Leste

O presidente dos EUA, Donald Trump, o presidente polonês Andrzej Duda e o presidente croata Kolinda Grabar-Kitarovic juntos com outros chefes de estado e delegados durante a Cúpula da Iniciativa Três Mares em Varsóvia, Polônia, 6 de julho de 2017. REUTERS / Carlos Barria

Em 2015 surgiu um novo grupo destinado a fortalecer a integração regional entre as nações do Centro e do Leste da Europa: a Iniciativa dos Três Mares (Three Seas Initiative). Essa cooperação regional – cujo nome abrange os países banhados pelos mares Báltico, Negro e Adriático – foi estabelecida pela Polônia e a Croácia, e é caracterizada por doze países-membros: nações Bálticas (Estônia, Letônia e a Lituânia), Polônia, República Tcheca, Eslováquia, Áustria, Hungria, Romênia, Bulgária, Eslovênia e a Croácia.

Sendo assim, essas doze nações visam trabalhar, conjuntamente, em três principais áreas: infraestrutura (rodovia, ferrovia e portos), energia e área tecnológica. Desde então, os países-membros já realizaram quatro cúpulas – a quinta será na Estônia, em outubro de 2020 -; além disso, em 2019, foi estabelecido o Fundo de Investimento da Iniciativa dos Três Mares, cujo propósito é arrecadar apoio financeiro para a realização dos megaprojetos. A Iniciativa dos Três Mares poderá aprofundar a integração regional entre os países-membros – com a Polônia desempenhando o papel central de liderança. Esse importante projeto geopolítico poderá atrair grandes investimentos externos, além de tornar a Europa Central e a Oriental num grande polo econômico e tecnológico (WOZNIAK LEGAL, 2020).  

As repúblicas pertencentes aos Três Mares, contudo, estiveram sob a influência da URSS até 1989 – exceto a Áustria, Eslovênia e a Croácia. Enquanto as nações bálticas foram repúblicas soviéticas, as demais nações pertenceram como países satélites no Leste da Europa. Atualmente, os países dos Três Mares são membros da União Europeia, assim como ingressaram na Aliança Atlântica – com a exceção da Áustria. Diante disso, com o término da influência da antiga URSS em 1989 (e posteriormente em 1991, quando foi dissolvida) as nações da Europa Central e a Oriental reordenaram as suas agendas políticas no pós-Guerra Fria. Por fim, o primeiro passo rumo à integração regional ocorreu logo em 1991, com a criação dos “Três de Visegrad” – posteriormente Grupo de Visegrad, a partir de 1993.

Diante do crescimento da Iniciativa dos Três Mares, esse grupo adquiriu um grande parceiro extrarregional: os Estados Unidos. Assim, o fortalecimento desse grupo importa para os interesses geopolíticos americanos na Europa Centro e Leste, uma vez que, principalmente, as nações bálticas, Polônia e a Romênia são fiéis aliadas de Washington para os assuntos relativos à geoestratégia da OTAN no flanco leste da Europa. Enquanto os Estados Unidos são um grande parceiro extrarregional do grupo dos Três Mares, os países-membros visam trabalhar conjuntamente, através dos esforços para as áreas política, econômica e energética.

A criação da Iniciativa dos Três Mares (3SI)

A Iniciativa dos Três Mares é constituída por doze países-membros, e está situada na Europa Central e na Oriental. A sua fundação, não obstante, está baseada na Polônia, como a principal força motriz para a integração regional, cujo principal objetivo visa atender ao campo econômico. Lançado pelo governo polonês de Andrzej Duda, em 2015, sob orientação de Jarosław Kaczyński (líder da sigla conservadora Lei e Justiça, ou PiS), a Polônia, junto com a presidenta da Croácia – Kolinda Grabar-Kitarović – estabeleceu a estratégia voltada para a integração regional entre as nações banhadas pelos mares Báltico-Negro-Adriático, que, portanto, estabeleceram a Iniciativa dos Três Mares (LARUELLE; RIVERA, 2019, p.18-19).

Situada entre um eixo norte-sul no Centro e Leste da Europa, a Iniciativa dos Três Mares congrega as três repúblicas bálticas (Estônia, Letônia e a Lituânia), Polônia, República Tcheca, Eslováquia, Hungria, Romênia, Bulgária, Áustria; além de duas nações balcânicas: Eslovênia e Croácia.

Os interesses geoestratégicos dos Estados Unidos para a Iniciativa dos Três Mares na Europa Central e Leste 3
Figura 1: (CEEP, 2019).

Antes da criação do fórum dos Três Mares, as nações do centro e do leste da Europa estabeleceram outros projetos de caráter de integração regional. Assim, em 1991, Polônia, Tchecoslováquia e a Hungria firmaram os “três de Visegrad”, um grupo que foi renomeado em 1993 para o Grupo de Visegrad, após a Tchecoslováquia ser sucedida pela República Tcheca e a Eslováquia. Dentre algumas premissas desse grupo, havia o interesse pelo “retorno à Europa”, o futuro ingresso na OTAN e na União Europeia; além de uma agenda política voltada para a cooperação regional (URBAŃSKI; DOŁĘGA, 2015, p. 14).    

Além disso, recentemente, nove nações (membros da OTAN) fundaram em 2015, o grupo dos “Nove de Bucareste”, uma iniciativa da Polônia e da Romênia, e que conta também com os demais Estados: Estônia, Letônia, Lituânia, República Tcheca, Hungria, Bulgária, Eslováquia. O objetivo central desse grupo é a discussão a respeito dos objetivos estratégicos da OTAN para o leste da Europa (GERASYMCHUK, 2019, p.5).

Assim, os países situados no Centro e no Leste da Europa têm trabalhado nos últimos anos em prol da cooperação regional. Enquanto que no campo da segurança as nações do grupo de Bucareste trabalham com os Estados Unidos, para os planos estratégicos da OTAN no Leste da Europa; na área política e econômica, o surgimento da Iniciativa dos Três Mares permite que as nações membros trabalhem em prol da integração regional.        

No que tange aos principais objetivos, os países-membros convergem nos seguintes interesses: infraestrutura (rodovias, ferrovias e portos); energia e área tecnológica (3SEAS. EU, 2020). Diante disso, algumas obras se destacam como de grande importância para a integração regional desse grupo. Sendo assim, há um projeto de construção de um corredor norte-sul para o transporte de gás entre os países-membros, obra que fora projetada logo no início da criação dos Três Mares (ISPI, 2020). Esse projeto, no entanto, consiste por conectar a região de Świnoujście (Polônia) até o porto de Krk, na Croácia (CALHEIROS, 2019, p.126).

Para o campo das grandes infraestruturas, há a modernização de uma autoestrada norte-sul, conectando Szczecin (Polônia) até o Mar Adriático (Rijeka, Croácia); uma rodovia báltica, que visa interligar a Polônia, as repúblicas bálticas, até Helsinque – capital finlandesa – país parceiro do grupo dos Três Mares. Também, a criação da Rail 2 Sea consiste em conectar a cidade polonesa de Gdánsk até a Constância, um porto romeno no Mar Negro (CALHEIROS, 2019, p.127).

Por fim, na área tecnológica, a criação da “Digital 3 Seas Initiative (D3SI)” visa modernizar o setor tecnológico dos países-membros. Também, temas como cybersegurança, indústria 4.0, tecnologia 5G, além do fortalecimento da área do e-commerce, são algumas das principais pautas estabelecidas em prol da modernização do campo tecnológico (CALHEIROS, 2019, p.127). Esses megaprojetos mencionados acima são, portanto, algumas das grandes iniciativas que os doze países-membros têm debatido desde a realização da primeira cúpula ocorrida em 2015.

No que tange às reuniões oficiais, a Iniciativa dos Três Mares já realizou quatro cúpulas anuais em cada capital de um país-membro do grupo. Assim, em 2016, em Zagreb (Croácia) a Iniciativa dos Três Mares é lançada como um novo projeto visando à integração regional, além dos objetivos estratégicos para o grupo.

Entre 2017 e 2019, as seguintes capitais foram sedes para as reuniões: Varsóvia (Polônia), Bucareste (Romênia) e em Liubliana (Eslovênia). Devido à importância geopolítica que o grupo dos Três Mares tem adquirido visibilidade no Sistema Internacional, durante essas reuniões, houve a presença de políticos provenientes da União Europeia, China e dos Estados Unidos, o que deu maior credibilidade para que a Iniciativa dos Três Mares adquira um grande peso geopolítico global (SOROKA; STEPNIEWSKI, 2019, p.19). É importante mencionar que, para a reunião de 2020, Talinn – capital da Estônia – será a anfitriã da quinta cúpula oficial do grupo, a ser realizada no mês de outubro.

Assim, além das decisões tomadas em prol da construção de grandes megaprojetos, dois importantes eventos aconteceram durante essas reuniões. Em primeiro lugar, na cúpula de 2017, na Polônia, a participação do presidente americano, Donald Trump, representou o apoio – político e econômico – dos Estados Unidos para a expansão do grupo dos Três Mares.

Em 2019, contudo, foi criado o fundo de investimento dos Três Mares. Estabelecido pelos bancos Gospodarstwa Krawojego (banco polonês) e o Eximbank (Romênia), esse fundo de investimento foi criado com o intuito de arrecadar capital dos países-membros para ser utilizada nos grandes projetos que estão ancorados nos princípios da integração regional (EMERGING EUROPE, 2019). Desde então, esse fundo já recebeu capital proveniente da Polônia, Romênia, e recentemente a Estônia ratificou o seu comprometimento com 20 milhões de euros. Por fim, a Bulgária é mais um país-membro que visa contribuir para o fundo de investimento.

A criação da Iniciativa dos Três Mares – embora seja um projeto geopolítico recente – ganhou visibilidade no Sistema Internacional, ainda mais com os interesses geopolíticos dos Estados Unidos, um grande parceiro extrarregional que exerce uma grande influência na Europa (Central e a Oriental), através da OTAN. A tríade (infraestrutura, energia e tecnologia), ancoradas nas premissas centrais dos Três Mares, poderá, não somente modernizar os países-membros, assim como contribuir para o processo de integração regional.

Os interesses geoestratégicos dos EUA na Iniciativa dos Três Mares

A Europa Central e a Oriental se encontram, atualmente, sob grande influência política e militar dos Estados Unidos em relação à OTAN. Os países dos Três Mares – exceto a Áustria – ingressaram na Aliança Atlântica, através das fases de alargamento ocorridas em 1999, 2004 e 2009. Desde então, os Estados Unidos reforçaram a sua presença política e militar no flanco leste da Europa, além de estabelecer aliados estratégicos na região. Sendo assim, destacam-se os países bálticos, Polônia e a Romênia, como os principais aliados e apoiadores da ampla presença de tropas e equipamentos dos Estados Unidos e da OTAN.

Se no campo militar os Estados Unidos fortaleceram a sua presença após a cúpula da OTAN ocorrida em Varsóvia (2016), a criação da Iniciativa dos Três Mares impulsionou os interesses geoestratégicos dos Estados Unidos para cooperar com o grupo. Assim, em 2017, o presidente Donald Trump participou da segunda reunião dos Três Mares, ocorrida na Polônia, e reforçou o seu comprometimento para contribuir financeiramente com o grupo. Logo, em 2020, o secretário americano, Mike Pompeo, anunciou o comprometimento de um bilhão de dólares para o grupo utilizar para a segurança energética e o crescimento econômico (CONGRESSIONAL RESEARCH SERVICE, 2020).

Também, durante a sua participação na cúpula de 2017, o presidente Donald Trump enalteceu o grupo dos Três Mares, uma vez que:

A Iniciativa dos Três Mares irá transformar e reconstruir toda a região e garantir que a sua infraestrutura, bem como o seu compromisso com a liberdade e o Estado de direito o conecte com toda a Europa; e de fato, com o Ocidente. Este posicionamento político foi também defendido pelo ex-secretário de Estado americano, Rex Tillerson, durante a sua visita a Varsóvia, em janeiro de 2018¹ (NEW STRATEGY CENTER, 2018, p.9, tradução nossa).

Além disso, uma vez que a área energética é um dos principais objetivos da Iniciativa dos Três Mares, o governo de Donald Trump visa expandir as suas exportações de gás natural para os países do Centro e Leste da Europa. Assim, com o desenvolvimento da infraestrutura no setor energético, a cooperação entre os Estados Unidos e os países dos Três Mares tende a se aprofundar (NEW STRATEGY CENTER, 2018, p.9-10). Em 2017, contudo, os Estados Unidos exportaram gás natural para o terminal de Świnoujście, na Polônia. Nesse mesmo ano, foi estabelecido o primeiro contrato de médio prazo para que os Estados Unidos forneçam gás liquefeito para a Polônia (NEW STRATEGY CENTER, 2018, p.10).

Uma vez que o objetivo estratégico é interligar o terminal de Świnoujście até o porto de Krk, na Croácia, esse grande projeto Norte-Sul para o transporte de gás é amplamente defendido pelos Estados Unidos. Assim, o governo americano também manifestou o apoio político e técnico para o porto croata. Em 2018, o subsecretário americano, Aaron Wess Mitchell, declarou apoio ao terminal de Krk, além de ser visto como um dos projetos estratégicos do governo de Donald Trump (NEW STRATEGY CENTER, 2018, p.10). A importância desses terminais para os Estados Unidos se dá, portanto, na oportunidade de que empresas da área energética possam firmar acordos com esses países; além de os Estados Unidos aprofundarem a sua presença na região.

A aproximação dos Estados Unidos para com o grupo dos Três Mares reflete nos interesses estratégicos da Polônia no campo energético. Diante disso, a Polônia, governada por Andrzej Duda, e fiel aliado de Washington, almeja se afastar do mercado de gás russo – grande exportador para a Europa – e substituí-lo pelo abastecimento de gás americano, decisão que poderá beneficiar o restante da Europa Central (GÓRKA, 2018, p. 60).      

Se, por um lado, os Estados Unidos buscam aumentar a sua influência na Europa Centro e Leste, por outro, procura conter a aproximação de outras duas grandes potências: Rússia e China. No que tange à Rússia, o polêmico projeto bilateral firmado entre a Alemanha e a Rússia, para o gasoduto Nord Stream-2, no Mar Báltico, encontra resistência por parte da Polônia e das repúblicas bálticas – além dos Estados Unidos (BURAS; JANNING, 2018, p.23). Esse acordo bilateral com a Alemanha está em estágios finais, e desde então, poloneses e nações bálticas – banhadas pelo mar Báltico – são céticos em relação à conclusão do gasoduto Nord Stream-2.    

Além disso, os Estados Unidos reforçam a política externa das nações dos Três Mares para uma maior independência energética sobre o mercado russo, grande exportador para o Leste da Europa. Essas nações, uma vez que se veem atreladas ao mercado russo, são temerosos de uma possível interrupção de abastecimento proveniente da Rússia (GÓRKA, 2018, p. 60).

Também, os Estados Unidos visam conter a crescente presença do gigante asiático chinês na Europa. Ancorada na grande estratégia da Iniciativa da Rota da Seda (China’s Belt and Road Initiative), bem como pela parceria estratégica do “16+1” com as nações centro e leste da Europa, a China busca estabelecer uma ponte de ligação política e econômica com o continente europeu (THE KOSCIUSZKO INSTITUTE, 2018, p.2).  

Os objetivos estratégicos de integração regional na Europa Central e na Oriental, ancorada sob a Iniciativa dos Três Mares, importa para a política externa americana. O cinturão de países do Centro e Leste permaneceu sob a influência da União Soviética (URSS) até 1989, ano que marcou a derrubada dos governos comunistas. Com o fim da Guerra Fria e a dissolução da URSS, o vácuo de poder deixado a partir de 1991, permitiu que os Estados Unidos pudessem se inserir nessa região, através das fases de alargamento do bloco militar atlântico para a antiga zona de influência russa. Além disso, uma vez que as nações dos Três Mares aderiram à União Europeia e a Aliança Atlântica (exceto a Áustria), a Rússia perdeu influência nessa região, e atualmente se vê cercada de países-membros da OTAN.

Considerações Finais

A criação da Iniciativa dos Três Mares permitirá grandes avanços estratégicos de integração regional entre os doze países-membros, banhados pelos mares Báltico, Negro e Adriático. Com isso, tendo em vista os grandes megaprojetos destinados para as áreas da infraestrutura, energia e tecnologia, os países-membros dos Três Mares – através do eixo norte-sul – poderão tornar a Europa Central e a Oriental numa região promissora economicamente e importante no Sistema Internacional.

Embora tenha sido criada em 2015, esse grupo já demonstra sinais de uma integração regional cada vez maior entre os países. A criação do fundo de investimento, em 2019, foi mais um passo dado em prol da arrecadação de fundos para ser utilizada nos megaprojetos. Além disso, a expansão desse grupo despertou o interesse extrarregional dos Estados Unidos, que se inseriu geoestrategicamente no final da década de 90, após o alargamento da Aliança Atlântica.

Assim, tendo em vista que essas nações estão sob a influência militar dos Estados Unidos, a criação da Iniciativa dos Três Mares surge como uma grande possibilidade dos americanos reforçarem a sua aliança com os países da região; dessa vez ampliando a sua presença na área econômica e energética. Além disso, importa para Washington o afastamento da Rússia e da China na região, duas grandes potências que olham atentamente para os impactos geopolíticos dos Três Mares para a Europa.

Referências Bibliográficas

BURAS, Piotr. JANNING, Josef. Divided at the Centre: Germany, Poland, and the troubles of the Trump Era. European Council on Foreign Relations. Policy Brief. December 2018.

CALHEIROS, Bernardo. A Iniciativa dos 3 Mares: Geopolítica e Infraestruturas. Universidade Autônoma de Lisboa. Vol. 10, Nª. 2 (Novembro 2019-Abril 2020), pp. 118-132.  

CENTRAL EUROPE ENERGY PARTNERS. Three Seas Initiative Investment Fund established. Disponível em< https://www.ceep.be/three-seas-initiative-investment-fund-established/>. Acesso em: 29/08/2020.

CONGRESSIONAL RESEARCH SERVICE. The Three Seas Initiative. Congressional Research Reports. May 12, 2020.

EMERGING EUROPE. Polish and Romanian banks establish Three Seas investment fund. Disponível em<https://emerging-europe.com/news/polish-and-romanian-banks-establish-three-seas-investment-fund/>. Acesso em: 09/09/2020.

GERASYMCHUK, Sergiy. Bucharest Nine: Looking for Cooperation on NATO’s Eastern Flank? Friedrich Ebert Stiftung. July 2019.

GÓRKA, Marek. The Three Seas Initiative as a Political Challenge for the Countries of Central and Eastern Europe. Politics in Central Europe. Vol. 14, No. 3. 2018.

ISPI. The Three Seas Initiative: Natural Gas in Central European Foreign Policy. Disponível em<https://www.ispionline.it/en/pubblicazione/three-seas-initiative-natural-gas-central-european-foreign-policy-25128>. Acesso em: 02/09/2020.

LARUELLE, Marlene; RIVERA, Ellen. Imagined Geographies of Central and Eastern Europe: The Concept of Intermarium. Institute for European, Russian, and Eurasian Studies. The George Washington University. IERES Occasional Papers, March 2019.

NEW STRATEGY CENTER. The emergence of a European Project. Three Summits for the Three Seas Initiative. Centre for Eastern Studies, OSW, 2018.

SOROKA, George; STEPNIEWSKI, Tomasz. The Three Seas Initiative: Gepolitical Determinants and Polish Interests. Rocznik Instytutu Europy Środkowo-Wschodniej (Yearbook of the Institute of East-Central Europe). Volume 17 (2019). Issue 3. Pp. 15-29.

THE KOSCIUSZKO INSTITUTE. The Digital 3 Seas Initiative: A Call for a Cyber Upgrade of Regional Cooperation. The Kosciuszko Institute Policy Brief. June 2018.

THREE SEAS. EU. Objectives. Disponível em<https://3seas.eu/about/objectives>. Acesso em: 01/09/2020.

URBAŃSKI, Marcin. DOŁĘGA, Karol. The Visegrad Group in the Western Security System. Security & Defence Quarterly. No. 4. Vol. 9, 2015.

WOZNIAK LEGAL. The Three Seas Initiative – the Most Important Geopolitical Project of Our Time. Disponível em<http://wozniaklegal.com/en/news-and-insight/261/the-three-seas-initiative-the-most-important-geopolitical-project-of-our-time.html>. Acesso em: 02/09/2020.  

¹ Do original em inglês: “The Three Seas Initiative will transform and rebuild the entire region and ensure that your infrastructure, like your commitment to freedom and rule of law, binds you to all of Europe and, indeed, to the West.”– said president Trump at the event.This favourable stance was confirmed recently also by the former Secretary of State, Rex Tillerson during his visit to Warsaw, which took place on January 26 this year (NEW STRATEGY CENTER, 2018, p. 9).

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