Quando pensamos em Rússia, a principal figura que vem à nossa mente é, frequentemente, Vladimir Putin. A Rússia foi marcada por diversas figuras políticas históricas e importantes, mas nenhuma delas se compara ao atual presidente russo e aos seus feitos. Ao assumir a presidência em março de 2000, Putin se tornou um verdadeiro “deus” para os russos. Suas políticas econômicas durante toda a primeira década do século XXI foram de vital importância para reestabelecer a Rússia no cenário mundial, evidenciando sua força e influência em um mundo que passou a ser multipolar após o fim da Guerra Fria.
Pode-se observar diversas políticas que alteraram o rumo da Rússia a partir do início do governo de Putin. Antes de tudo, porém, é necessário notar que as definições das políticas adotadas por ele foram realizadas durante o seu discurso anual à Assembleia Federal russa e que esses discursos geraram e ainda geram grande impacto na sociedade russa. Enquanto que na década de 1990 a política russa foi profundamente influenciada pelo Ocidente sob o governo de Boris Yeltsin, a política de Putin no início dos anos 2000 foi o completo oposto.
De acordo com Aleksandr Dugin (2016), as mudanças foram, de um modo geral e sintetizado, (i) uma censura às políticas dos anos 1990 que facilitaram a perda de identidade e soberania russa; (ii) o fortalecimento do território russo através de políticas militares que suprimissem movimentos separatistas espalhados pelo país; (iii) diálogo franco e direto com os Estados Unidos e com a Europa, condenando o “imperialismo” norte-americano; (iv) restrição às atitudes niilistas da sociedade russa frente à história russa fomentadas pela aceitação acrítica do Ocidente; e (v) fomentação da integração entre Rússia e outros países do espaço pós-soviético.
É importante observar que as mudanças adotadas por Putin são frutos do Eurasianismo, mas que vão além das características ocidentais e orientais russas, pois focam profundamente na história e soberania russa frente ao Ocidente. Desde seu primeiro discurso como presidente à Assembleia Federal em julho de 2000, Putin já inflamava a questão do patriotismo na sociedade russa, afirmando que “[…] o patriotismo é inerente ao povo, por tradições culturais e uma memória histórica comum” (PUTIN, 2000 – tradução da autora).
Essa não seria a primeira e única vez em que o presidente russo traria à tona as questões do patriotismo, nacionalismo e soberania russa em seus discursos, já que é através deles que a Rússia se torna um Estado forte e unido, tanto em sua sociedade política como também civil. Em seu último discurso de seu segundo mandato à Assembleia Federal, Putin (2007) deixa essas questões bem claras:
A unidade espiritual do povo e os valores morais que nos unem são fatores tão importantes para o desenvolvimento quanto a estabilidade política e econômica. É minha convicção que a sociedade pode estabelecer e alcançar objetivos nacionais ambiciosos somente se tiver um sistema comum de diretrizes morais. Nós seremos capazes de alcançar nossos objetivos somente se mantivermos respeito pela nossa língua nativa, pelos nossos valores culturais únicos e pela memória de nossos ancestrais e por cada página da história do nosso país. Esse tesouro nacional é a fundação para o fortalecimento da unidade e soberania do nosso país. É a fundação das nossas vidas diárias e a base na qual podemos construir nossos relacionamentos econômicos e políticos. (tradução da autora)
Durante todos os mandatos de Putin – e também durante o único mandato de Dmitri Medvedev entre 2008 e 2012, ainda que não na mesma intensidade – foi destacada a importância da integridade e unidade do território russo e como só e possível ter uma federação russa forte através de um Estado forte. Ademais, isso só ocorrerá através do povo multiétnico que compõe a Rússia que é a base do poder da nação, sendo que é esse mesmo povo que pode garantir a estabilidade dos princípios morais que regem a nação e levar a Rússia ao seu pleno desenvolvimento. (PUTIN, 2004)
Em seu segundo discurso à Assembleia Federal, Putin (2001) já afirmava a necessidade da proteção dos interesses dos russos que se encontram fora de seu país de origem e como
A Rússia não os abandonará caso eles se encontrem em uma situação difícil, que [a Rússia] protegerá os seus direitos pessoais, protegerá suas famílias de possíveis violações da lei e de pressões ilegais, e ajudará a sustentar a sua dignidade humana. (tradução da autora)
Além disso, sempre foi muito explícito da parte de Putin a necessidade de expandir a influência russa, desde questões culturais até questões políticas, aos seus antigos domínios durante o império czarista e durante a União Soviética, pois isso reforçaria a posição russa no cenário internacional. Putin (2005) aponta isso em seu discurso à Assembleia Federal, afirmando que:
É certo que a Rússia deva continuar a sua missão civilizadora no continente Eurasiano. Essa missão consiste em garantir que os valores democráticos combinados com os interesses nacionais enriqueçam e fortaleçam a nossa comunidade histórica. (tradução da autora)
É válido destacar, também, que apesar de acreditar que a Rússia deva expandir a sua influência aos países que um dia pertenceram ao império czarista e à URSS, Putin (BBC, 2014) afirma que:
A política externa russa é verdadeiramente pacífica e sem exageros. Se você olhar o mapa político mundial e ver onde a Rússia se encontra, se torna evidente que nós não precisamos nem de territórios estrangeiros, nem de recursos naturais. Nós possuímos tudo em abundância. Nós somos um país autossuficiente. Nós não temos a necessidade de estarmos em guerra ou em conflito com ninguém. Nós não temos a intenção de criar um império ou de reconstruir a União Soviética. Mas mesmo assim nós devemos defender a nossa independência e a nossa soberania. Nós já fizemos isso antes e nós faremos isso no futuro. (tradução da autora)
Através de seu discurso à Assembleia Nacional, Putin também afirmou diversas vezes a necessidade da integração da região eurasiana e as propostas apresentadas por ele incluíam desde uma aproximação pacífica com a União Europeia até o fortalecimento da CEI e da expansão da Comunidade Econômica Eurasiática – posteriormente conhecida como União Econômica Eurasiana. Por isso, é possível compreender a frustração não apenas de Putin, mas também de Medvedev, com relação ao expansionismo do Ocidente rumo ao Leste através do crescimento da União Europeia e da OTAN. Medvedev (2008) afirma:
Eu gostaria de adicionar algo sobre o que nós estamos tendo que enfrentar nos últimos anos. O que seria isso? Seria a construção de um sistema global de mísseis de defesa, a instalação de bases militares ao redor da Rússia, a expansão desenfreada da OTAN e de outros “presentes” similares à Rússia – nós, portanto, temos todas as razões para acreditar que eles estão simplesmente testando a nossa força. (tradução da autora)
Portanto, para entender o principal conflito de segurança e de identidade na Rússia nos últimos anos, é necessário entender a importância da Ucrânia à Rússia. No início da formação do Estado Rus’ kievano, ambas as nacionalidades, juntamente com Belarus, constituíram a nação. Entretanto, após o domínio mongol de dois séculos, os caminhos das três nações se distanciaram, criando etnias diferentes para cada um deles. Enquanto a Rússia se tornaria um império czarista muito bem-sucedido, a Ucrânia seria dividida inúmeras vezes com o passar do tempo entre os impérios austríaco, russo e otomano. Sua estável reunificação só aconteceria durante a União Soviética e sua independência só aconteceria em 1991 com desintegração da URSS.
Devido às incorporações de territórios ucranianos ao Império Russo e à União Soviética, diversos russkie – ou russos étnicos – passaram a viver na Ucrânia, compondo cerca de 17% da população total do país, sendo que a maioria se concentra na região leste do território, próximo à Rússia, formando a maioria populacional dessa região. Além disso, há outros dois fatores importantes a serem considerados.
O primeiro deles é que pessoas de diferentes nacionalidades falam o russo em seu dia-a-dia na Ucrânia, tornando-o uma espécie de língua franca de certas regiões. O segundo fator é a questão da nacionalidade, já que russkie e ucranianos étnicos, cidadãos da Ucrânia, vivem no mesmo país e possuem os mesmos direitos, ainda que tenham nacionalidades diferentes. Por conta disso, russkie ucranianos desejam manter e estreitar os laços que possuem com a Rússia, enquanto ucranianos étnicos preferem aproximar as relações com o Ocidente. (SEGRILLO, 2015, p. 221-3)
Analisando tais fatores conseguimos entender os eventos que levaram à Crise da Ucrânia em 2013. Viktor Yanukovych assumiu a presidência ucraniana em 2010 sendo um candidato pró-Rússia. Durante seu governo, Yanukovych decidiu suspender as preparações para assinar acordos que visavam a aproximação da Ucrânia com a União Europeia, gerando diversos protestos pelo país em novembro de 2013. O presidente ucraniano passou, então, a ficar cada vez mais isolado, tanto por conta da oposição, que via o seu governo como autoritário para lidar com a crise que se iniciava, como também por políticos pró-Rússia, pois o viam como um líder fraco e incapaz de lidar com o que estava acontecendo. Temendo por sua vida, decidiu fugir para a Rússia. Alguns eventos subsequentes importantes ocorreram, como a anexação da Crimeia por parte do governo russo.
Como exposto anteriormente, a região leste da Ucrânia é composta majoritariamente por russkie, região essa que compreende a Crimeia, bem como Lugansk e Donetsk. Todas as três regiões declararam independência da Ucrânia a fim de serem incorporadas ao território russo. Porém, diferentemente das duas últimas, a Crimeia já havia sido território russo no passado, possuindo um laço histórico, cultural e político com a Rússia que fora “rompido” em 1954 quando Nikita Khrushchev transferiu a região para a Ucrânia através de um decreto. Assim, a Crimeia foi reincorporada à Rússia após ter solicitado o mesmo a Putin, embora não seja um ato reconhecido internacionalmente, enquanto Lugansk e Donetsk se declararam repúblicas populares. Ele afirma em seu discurso à Assembleia Federal em 2014:
Foi um evento com um significado especial ao país e às pessoas, porque a Crimeia é onde o nosso povo vive e a península é de importância estratégica à Rússia como fonte espiritual de desenvolvimento de uma nação russa multifacetada e sólida e de um Estado russo centralizado. (PUTIN, 2014 – tradução da autora)
Através do trecho abaixo pode-se observar como Putin se utiliza de seus discursos passados que afirmam a necessidade de proteção dos russos, onde quer que eles se encontrem, além de trazer à tona a questão da soberania e força russas tão explorados por ele em seus discursos anuais.
Neste ano encaramos provações que somente uma nação unida e madura e somente um Estado forte e soberano podem suportar. A Rússia provou que o seu povo pode proteger seus compatriotas e defender a verdade e a justiça. (PUTIN, 2014 -tradução da autora)
Além disso, Putin (2014) vê como a reincorporação da Crimeia ao território russo foi justificável, visto o golpe sofrido pelo governo ucraniano. Ele ainda afirma que mesmo que não houvesse uma crise na Ucrânia, o Ocidente encontraria alguma outra maneira de tentar parar o crescimento e fortalecimento da Rússia, já que a Rússia passou a sofrer diversas sanções econômicas após tais eventos. Por isso, conclui-se que a verdade e justiça defendidas por Putin (2014) em sua fala estão relacionadas ao Ocidente:
Como o diálogo sobre esse assunto começou entre a Rússia e seus parceiros americanos e europeus? Eu mencionei nossos amigos americanos por uma razão, já que eles sempre estão influenciando as relações da Rússia com nossos vizinhos, tanto abertamente, como por trás das cortinas. Às vezes não fica claro com quem falar: com os governantes de certos países ou diretamente com seus patrocinadores e patronos americanos. (tradução da autora)
O governo russo ainda sente os efeitos das sanções econômicas aplicadas pelo Ocidente, porém, já observa a sua economia se recuperando a pequenos passos. A Crimeia ainda não é reconhecida como parte do território russo pela comunidade internacional, e o relacionamento entre Rússia e Ocidente, principalmente Estados Unidos, continua se deteriorando com o decorrer dos anos, tanto pelas questões envolvendo o conflito na Síria, como também por conta das eleições presidenciais norte-americanas de 2016.
Em 2018, Putin foi reeleito novamente para um mandato de seis anos. O presidente russo já vem sentindo os impactos de suas políticas internacionais – e internas – em seu governo, como a intervenção nas eleições nos Estados Unidos de 2016 e a subsequente investigação por parte do governo americano. Seu nível de aprovação em 2017 era elevado, com 87% da população russa aprovando o seu governo, sendo que atualmente esse número caiu em cerca de 20%, mesmo sediando a Copa do Mundo de 2018 (PEW RESEARCH CENTER, 2017; THE MOSCOW TIMES, 2019). É importante, então, observar quais serão os próximos movimentos de Putin e seu governo, especialmente na região que antes pertencia à URSS. Isso colocará à prova a confiança dos russos em seu tão admirado presidente e o que ele representa para o Estado russo.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Por diversas vezes, quando estudamos o governo russo das últimas décadas e a crise que ocorre atualmente na Ucrânia, tomamos por base uma perspectiva ocidentalista que condena as ações da Rússia no leste ucraniano, especialmente na Crimeia, e exaltamos as políticas ocidentais adotadas por considerarmos que o Ocidente é o detentor da liberdade mundial. Entretanto, quando estudamos a história russa mais profundamente e observamos o seu impacto na política russa atual, podemos perceber como a Rússia – em seu jeito único de existir, nem ocidental, nem asiática – define as suas políticas de acordo com o que a nação em si é. Ou seja, a Rússia é um vasto território composto pelas mais diversas etnias e nacionalidades, com seus próprios conflitos internos do que é certo e luta, constantemente, para manter a sua integridade territorial, identitária e política.
Através dos discursos apresentados no presente estudo, observamos que a ação russa na Crimeia não foi nada mais do que aquilo que se esperava de seu governo, tanto sob autoridade de Vladimir Putin, como de Dmitri Medvedev. A proteção de seus nacionais é, claramente, uma prioridade do governo desde o início do século, e desde quando Putin assumiu a presidência no ano 2000, ele afirma a importância de manter e fortalecer a soberania e identidade russas, que vinham sendo enfraquecidas pelo Ocidente, principalmente no período que compreende a década de 1990.
Portanto, assume-se que qualquer tentativa de governos ocidentais de expandir a sua influência e área de atuação para regiões em que russkie se encontram é uma afronta aos ideais russos e que tais problemas devem ser questionados no cenário internacional. Ora, partindo das observações realizadas neste estudo, percebemos que as condenações do Ocidente às ações russas na Crimeia nada mais são do que um reflexo das condenações que deveriam ser feitas ao próprio Ocidente, que afirma a determinação dos povos, porém apenas dos povos que o convém.
Portanto, conclui-se que a identidade nacional russa e dos russkie está firmemente pautada em seus valores morais históricos e que estes refletem fortemente nos discursos presidenciais anuais à Assembleia Federal e que direciona as políticas russas no âmbito internacional, principalmente no que se refere à Crise da Ucrânia e na proteção dos interesses nacionais russos.
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Excelente texto!!
É sempre muito bom o execício da empatia, para tentarmos ver como outros povos, com outras histórias, culturas e formações identitárias. Sair desta ótica ocidental na qual vivemos, em que pese eu me identificar com tal estilo e forma de visão do mundo, afinal, sou ocidental.
Além disso, olhos na Rússia sempre é bom, país rico em todos os aspectos.
Parabéns!!