A Guerra Proxy é caracterizada como uma “guerra travada entre grupos ou países menores em que cada um representa os interesses de outras potências maiores, e podem ter ajuda e apoio dessas”. Seria uma guerra entre Estados regionais que substitui o conflito direto entre superpotências. Muito utilizado no período da Guerra Fria do século XX, seria resultado da invenção das armas nucleares e a necessidade das superpotências detentoras de tais armas em evitar guerra direta umas com as outras visto a possibilidade de destruição mútua.

Como forma de fomentar a rivalidade e se posicionar de forma assertiva no Sistema Internacional, sem de fato envolver suas forças armadas em confrontos com um ou mais países proporcionalmente forte, tais potências financiam e fornecem suporte militar à outros Estados menores promovendo uma guerra indireta com potências internacionais. Essas grandes potências também podem utilizar de guerras locais, fomentando-as de acordo com seus interesses, para fortalecer seu status de potência ao mesmo tempo em que não envolve suas forças nacionais nos confrontos (BAR-SIMAN-TOV, 1984, p.263).

Julia Paulino

Julia Paulino

Graduanda em Relações Internacionais pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Áreas de pesquisa: Segurança Internacional e Geopolítica, em especial a região do Golfo Pérsico (Relações Arábia Saudita e Irã). Interesse de pesquisa voltado para Economia Política Internacional e Política Externa Brasileira. Colunista na Revista Relações Exteriores.

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