Transcrição de vídeo publicado no canal da Relações Exteriores. Veja mais vídeos aqui.
Para a gente pensar em um desfecho que seja o desfecho mais favorável possível, é importante a atuação de potências no sentido de incentivar algum tipo de negociação, incentivar o uso da diplomacia. Então, a diplomacia é muito importante nesse momento para que a gente consiga algum tipo de mediação. Como já foi dito, os Estados Unidos não são um ator que poderiam atuar nesse sentido, porque são muito próximos de Israel, então não tem a capacidade de se tornar críveis do ponto de vista diplomático.
Tem lado, muito claro. Outras potências também têm lado, então torna essa mediação difícil, embora menos do que no caso dos Estados Unidos. Então, a gente já pontuou que China pode ser um ator importante nesse sentido, mas eu diria principalmente os países do sul global.
Então, potências regionais de outras localidades podem ter um papel importante e acho que deveriam atuar nesse sentido. A gente pode pensar no caso de Índia, por exemplo. Os países europeus também podem ter alguma influência nesse sentido de buscar, enfim, incentivar algum tipo de mediação, algum tipo de negociação.
E me parece que é importante também, sempre é importante, a atuação da sociedade civil. Então, a sociedade civil, do ponto de vista transnacional, em todas as partes do globo, ela tem sido importante para chamar a atenção, porque acontece em Gaza, então, para chamar a atenção para esse genocídio que Israel tem levado a cabo. E me parece que isso é algo que deve continuar a acontecer e que é importante que continue acontecendo.
Então, eu diria que é importante a gente olhar para a sociedade civil e para a gente também incentivar movimentos da sociedade civil no sentido de pedir pela paz. Então, é importante que existam movimentos em prol da paz e que denunciem também a agressão, nesse caso a agressão de China, tanto no que se refere ao conflito interestatal, agora com Irã, mas também no que se refere à questão e à situação em Gaza, que não pode ser esquecida, né?
Por mais que a gente, nesse programa, esteja falando de questões interestatais e as questões interestatais, elas têm uma outra, talvez uma outra gramática, elas aparecem de uma outra forma, é importante que a gente não se esqueça do que continua acontecendo em Gaza e que o conflito interestatal não seja uma medida colocada exatamente para desviar a atenção do que acontece do ponto de vista humanitário. Então, eu colocaria isso e acho que seria por aí, talvez, para a gente fechar o programa.