Introdução
Immanuel Wallerstein (2007) trabalha, em sua obra sobre o universalismo europeu, as diferentes formas de discursos que buscam legitimar o poder aparentemente intrínseco da Europa e, consequentemente, as razões utilizadas por esses países para intervir em nações consideradas menos desenvolvidas. Em seu estudo, o autor aponta, em primeiro lugar, que durante o século XVI, a Europa buscava justificar a barbárie cometida contra os países da América através da religião, bem como a supremacia de sua própria raça, ao apontar que os nativos do novo continente eram inferiores e precisavam da “ajuda” europeia para seguirem o caminho da civilização imposto pelos colonizadores, enquanto as sociedades já estruturadas eram apontadas como populações estagnadas e novamente necessitavam da intervenção europeia para continuar desenvolvendo-se tecnologicamente. Em segundo lugar, após o período que compreende a Idade Média, no qual a única explicação para todos os eventos dava-se através da religiosidade e poderes divinos, surge um novo método legitimador: O cientificismo. Esta crença baseia-se na racionalidade e na valorização do empirismo, substituindo, ao longo de três séculos, a forte religiosidade que dominava o continente europeu e era utilizada para justificar o intervencionismo das sociedades ditas civilizadas.
Com isso, há de se compreender o surgimento da necessidade da legitimação do poder através do discurso vigorante: a ciência. Afinal, de que outra forma as sociedades tidas como inferiores aceitariam tal hierarquia de poder?
Legitimação da hierarquia de poder européia
A supervalorização do cientificismo cria novas estruturas de poder baseadas no conhecimento, levando à legitimação da hierarquia política, social e econômica, tornando justificável que as sociedades com mais tecnologia tenham o direito de dominar as demais. Para além disso, os cientistas sociais da época, como sociólogos e antropólogos, possuíam a função de amparar a desigualdade social em prol das classes dominantes, visto que o capitalismo urbano precisava controlar o proletariado a fim de que enxergassem como fundamental a posição hierárquica dos donos de fábricas, que apesar de não trabalharem tanto quanto os operários, recebiam mais.
Posto isso, a ideia de conhecimento como fonte da hierarquia social, política e econômica não se faz presente apenas no continente europeu, como também passa a expandir-se ao continente americano, especialmente aos Estados Unidos, que representa o maior polo industrial da América até os dias atuais. Acerca disso, Wallerstein (2007) destaca que, a justificativa dos países europeus e dos Estados Unidos para intervir em nações menos desenvolvidas é a suposta defesa da democracia e dos direitos humanos. Da mesma forma que os países da Europa, os estadunidenses também compõem o grupo de países que não possuem sua própria matéria-prima, tendo assim a necessidade de importar de outras nações próximas, como da América-Latina.
A pergunta (“) quem tem o direito de intervir?(“) vai direto ao cerne da estrutura moral e política do sistema-mundo-moderno. Na prática, a intervenção é um direito apropriado pelos fortes. Mas é um direito difícil de legitimar e, portanto, está sempre sujeito a questionamentos políticos e morais. Os interventores quando questionados, sempre recorrem a uma justificativa moral: a lei natural e o cristianismo no século XVI, a missão civilizadora no século XIX e os direitos humanos e a democracia no final do século XX e início do século XXI. (WALLERSTEIN, 2009, p. 59).
No caso do Brasil, os Estados Unidos são um de seus maiores importadores, o que pode parecer uma relação vantajosa aos brasileiros, na verdade, trata-se de uma clara dependência econômica (e política) do país norte-americano. Ao passo que se este não consome, não há para quem comercializar e consequentemente o país entraria em crise, como ocorre no período de economia cafeeira, no qual os Estados Unidos param de importar café, devido à crise de 1929, e o governo brasileiro, a fim de manter o preço do produto, queima sacas de café que seriam desperdiçadas.
É importante acrescentar que, segundo John Mearsheimer, teórico das Relações Internacionais, os Estados sempre buscarão a hegemonia e como não podem obtê-la a nível mundial, buscam conquistá-la a nível regional. Assim, cada Estado tem como objetivo ser a nação dominante dentro de seu território, para que não haja nenhuma ameaça próxima, mantendo todos os países ao redor dependentes e ameaçados por conta de seu poder.
O único Estado do mundo a conseguir tal título foi os Estados Unidos, que exercem plena dominância diante dos países americanos, inclusive ao Brasil.
[…] A situação ideal para qualquer grande potência é ser o único estado hegemônico regional no mundo. Esse estado seria uma potência situacionista e tudo faria para preservar a distribuição do poder existente. Os Estados Unidos encontram-se atualmente nessa posição invejável: dominam o hemisfério ocidental e não existe qualquer estado hegemônico em nenhuma outra área do mundo. Mas, caso um estado hegemônico regional for confrontado com um competir equiparável, deixará de ser uma potência situacionista. Na realidade, fará o possível por enfraquecer e talvez mesmo destruir o seu rival distante. Claro que ambos os estados hegemônicos regionais seriam motivados por essa lógica, o que geraria uma intensa competição de segurança entre eles. (MEARSHEIMER, 2007, p. 55)
A História do Brasil sempre foi de subordinação, primeiro à Portugal, depois à Europa como um todo, liderada pela Inglaterra, e agora aos Estados Unidos, que influenciam diretamente na política externa e interna da nação. Isto é perceptível durante o período da Guerra Fria, quando os Estados Unidos, preocupado com o avanço do comunismo aos países latino-americanos, principalmente após a adesão de Cuba ao socialismo, intensificou a propaganda anti-comunista, temendo que os demais países vizinhos aderissem ao modelo revolucionário cubano.
Com o anseio por desenvolvimento nos países da América Latina, e o temor norte-americano frente à ameaça de adesão dos demais países latinos ao comunismo, os Estados Unidos decidiram destinar recursos para o treinamento de militares nessas nações com o fim de lutar contra possíveis guerrilheiros e revolucionários. Além de investirem em políticas de assistência social e econômica, que acabavam por ser apenas fachada com a intenção de melhorar a imagem norte-americana no continente.
É importante relembrar que, naquele momento, a política interna brasileira passava por um momento conturbado com o governo de João Goulart, que apoiou políticas contrárias à crença estadunidense, como por exemplo, o retorno da aliança com a URSS, além das possíveis reformas de base propostas pelo então presidente, que criou certa insegurança na classe média e na elite brasileira, que temia a perda de seus privilégios. Aos olhos dos Estados Unidos, esse contexto político abriria a possibilidade de uma adesão brasileira ao comunismo, o que para a nação estadunidense seria desastroso.
Dito isso, o anticomunismo ganhava força no país, com o apoio da direita brasileira, dos militares e da classe média, esse discurso fazia com que grande parte da população sentisse que suas crenças estavam ameaçadas, culminando no golpe cívico-militar de 1964. Quanto ao suporte norte-americano, Lorena Burjack da Silveira “(2009)” destaca:
As formas de auxílio abrangiam apoio logístico e bélico, como disponibilização de combustíveis, aviões, alimentos, armas e munições, realização de exercícios navais no litoral do Brasil, com o intuito de intimidação, ajuda econômica ao governo militar e viagens oferecidas a políticos, líderes estudantis, jornalistas, intelectuais e cientistas brasileiros de destaque, com a finalidade de exercer influência sobre esse importante segmento da sociedade (BURJACK DA SILVEIRA, 2009).
É de se observar na atual conjuntura brasileira que a ditadura militar não ficou para trás, visto que, novamente, a história se repete. Em 2018, o Brasil elegeu democraticamente o presidente Jair Messias Bolsonaro, que utilizou como slogan de sua campanha política: “Deus e a família”. Assim como na época da ditadura militar, o golpe sucedeu um governo visto como esquerda pela classe média e pelos Estados Unidos, com a administração de Bolsonaro também utilizando-se das falhas do último governo petista para promover políticas de direita que beiram ao fascismo.
O pensamento direitista na contemporaneidade brasileira
O sociólogo Jessé de Souza “(2019)”, em sua análise sobre a sociedade brasileira na obra “A Elite do atraso” destacou o apoio de intelectuais como Sérgio Buarque de Holanda na criação da imagem cordial, que propaga a ideia de que o povo brasileiro é naturalmente corrupto, devido a sua herança portuguesa, e, portanto não poderia governar o próprio país de forma honesta, visto que sempre buscará tirar vantagens da situação, com isso, deve-se deixar que os estrangeiros governem e controlem o Brasil. O autor também destaca que os estrangeiros são vistos como indivíduos frios e consequentemente mais racionais, contrapondo-se ao brasileiro emocional e ignorante, logo, incapaz de agir racionalmente.
A tradição inaugurada por Sérgio Buarque e arrasadoramente influente até hoje não percebe a ação das classes sociais, daí que tenha criado o “brasileiro genérico”, o homem cordial ou o homem do “jeitinho brasileiro” para um DaMatta. (…) É por conta dessa inércia provocada pela força de concepções passadas que pensamos os problemas brasileiros sob a chave do patrimonialismo e do populismo, dois espantalhos criados para tornar a possível aliança antipopular que caracteriza o Brasil moderno desde 1930. (SOUZA, 2019. p. 10)
No Governo Bolsonaro, é evidente a adoração ao modelo capitalista dos Estados Unidos, além do desejo em tornar-se uma nação patriota como no país ao norte da América. Para Cas Mudde (2019), autor que debate sobre a ascensão do populismo de extrema-direita nos países americanos, a história da direita radical tem seu início após o período da segunda guerra mundial, no qual o mundo supera a divisão de “fascistas e antifascistas” para que outra divisão de dois pólos surgissem: “os comunistas e anti-comunistas”. Com o advento da Guerra Fria, a divisão entre esses dois pólos tornou-se ainda mais acentuada, fazendo com que o capitalismo e o comunismo fossem dois inimigos mortais. Nos Estados Unidos, o movimento da extrema-direita sempre tendeu ao anticomunismo, que foi fortalecido pelo governo de Donald Trump e reproduzido no Brasil em 2018.
Políticos populistas de extrema-direita, como as de Jair Bolsonaro e Donald Trump, compartilham algumas das características destacadas por Cas Mudde: a ideologia da extrema-direita crê que as desigualdades são naturais e portanto celebram a diferença e a hierarquia, além de serem defensores primordiais do elitismo, ou seja, acreditam que determinados grupos e indivíduos são superiores à outros e portanto devem exercer maior poder no meio social; e a utilização da propaganda anti-corrupção e o autoritarismo. Para Cas Mudde, a questão do autoritarismo trata-se essencialmente de problemas de ordem, que podem ser resolvidos através de métodos punitivistas e a reintrodução da educação “moral e tradicional” nas escolas, como ocorreu em 1964 com a introdução da educação moral e cívica e agora com a reformulação do ensino médio.
O conceito de corrupção também se destaca por ser um dos maiores discursos dos líderes da extrema-direita, como Jair Bolsonaro. Para esses líderes, a corrupção está associada a uma elite específica, podendo ser os políticos mais populares de esquerda, frequentemente acusados de roubar do “povo” e de corromper a nação com ideias marxistas. Constantemente, professores, artistas e jornalistas são acusados de serem anti-nacionalistas e corruptos, ao supostamente alienar a mente da juventude. Cas Mudde “(2019)” destaca:
[…] The issue of corruption is almost exclusively linked to people from the in-group. Corruption is often mixed with authoritarianism, nativism, and, particularly, populism. It is a particular “elite” who are connected to corruption. On the one hand, it is the powerful, notably mainstream politicians, but also often economic elites, who are accused of stealing from the people. On the other hand, it is a political elite, broadly described as “the left” who are accused of corrupting the nation with “postmodernist” and “cultural Marxist” ideas-both terms (MUDDE, 2019, p .40).
Podemos observar todos os traços apontados por Cas Mudde nos discursos políticos de Bolsonaro e seus eleitores extremamente conservadores, os “patriotas” e defensores de uma nação livre de um suposto comunismo. Recentemente, o presidente brasileiro convocou uma manifestação em sua defesa no dia 07 de setembro de 2021, simbólico por ser o feriado da independência do Brasil, ao qual seus eleitores foram às ruas em defesa do voto impresso, pelo fim do Supremo Tribunal Federal (STF) e clamarem por uma nova intervenção militar no país. Nesse suposto ato patriótico, Bolsonaro conseguiu arquitetar toda a retórica utilizada pela extrema-direita, marcando seu nacionalismo através da convocação de uma manifestação numa data de suma importância para toda a história do Brasil, utilizando de outros símbolos nacionais, como o da bandeira, para reforçar o sentimento de defensores da pátria em seus seguidores, além da divisão entre a esquerda e direita, herança direta de sua mais espelhada nação: os Estados Unidos.
Em suma, há de se observar que as ações de Bolsonaro estão inseridas em toda a retórica da extrema-direita, do nacionalismo ao discurso contra corrupção e o combate à uma suposta ameaça comunista no Brasil, ao qual seus seguidores acreditam cegamente. O presidente demonstra que mesmo após a derrota de Donald Trump nos Estados Unidos, ainda está disposto a seguir seus passos.
Da mesma forma que o ex-presidente estadunidense fomentou manifestações e até mesmo impulsionou a entrada de seus seguidores ao Capitólio a fim de questionar sua derrota eleitoral perante Joe Biden. De acordo com um artigo da BBC News, após a alegação de fraude nas eleições e diversas ações judiciais contra Biden, os apoiadores de Trump sentiram-se “injustiçados e passaram a participar de protestos que cobravam a revisão do resultado.” (SANCHES, 2021).
Bolsonaro age da mesma forma no Brasil, ameaçado pela possibilidade de concorrer com Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições de 2022 e a queda de sua popularidade devido aos atos antidemocráticos, ao aumento da inflação, pela má gestão frente à pandemia da COVID-19 e encontrar-se isolado politicamente e internacionalmente, a única saída do atual presidente é o apelo aos seus cegos e fiéis eleitores. A grande preocupação é a possibilidade de Bolsonaro, aliado aos militares, concretizarem um golpe de estado no país, ameaça esta que o presidente nega: “Estão dizendo que quero dar golpe, são idiotas, já sou presidente” (O POVO, 2021).
Conclusão
Dessa forma, percebe-se que a história brasileira é escrita pelas mãos de estrangeiros, que ao longo de toda a história buscaram boicotar qualquer possibilidade de melhoria à população trabalhadora. Com o auxílio de uma elite mesquinha e dependente do comércio internacional, o Brasil segue sendo alvo de intervenção, tanto de forma política e direta quanto com a entrada de multinacionais que visam apenas usurpar a matéria-prima do país, com o objetivo de acumular capital e aumentar seu poder dentro do continente. Como discute Wallerstein, a justificativa para a intervenção política atualmente é a defesa da democracia e dos direitos humanos, entretanto, no período ditatorial o governo militar atentou contra os direitos humanos e principalmente contra o conceito burguês de democracia e, ainda assim, não houve nenhuma intervenção visando sua queda, e agora, com Bolsonaro optando por não comprar vacinas durante a pandemia, implicando na morte de mais de meio milhão de brasileiros, e seus evidentes ataques à democracia vigente com a incitação constante de um golpe militar não havendo, ainda assim, interferência internacional.
Nota-se, portanto, que a interferência só ocorre quando o capital se vê ameaçado, ou seja, quando um governo de esquerda acende e põe em risco derrubar o sistema de acumulação. Assim, a tendência à direitização no Brasil é na verdade, um fato com diversas explicações, mas a principal a se perceber é evitar que a população explorada se rebele e os Estados Unidos continuem sendo o Estado “hegemon” dentro do continente americano, livre para explorar e dominar a matéria-prima e mão-de-obra barata de seus vizinhos, com aval da classe dominante subordinada e a justificativa de ser um país estrangeiro mais racional e com recursos tecnológicos mais avançados.
Os Estados Unidos permanecem ocupando a posição de país mais poderoso do mundo graças ao esforço em manter os demais países subordinados à sua economia, cultura e tecnologia, o que se observa no Brasil governado por Jair Messias Bolsonaro é a constante presença de uma adoração extrema aos Estados Unidos e à sua conduta patriótica, o maior desejo de Bolsonaro é que o Brasil se torne os Estados Unidos, mantendo-se subordinado aos desejos do grande capital estadunidense, enquanto isso, o maior desejo dos Estados Unidos é que o Brasil continue sendo o Brasil de Bolsonaro.
Referências Bibliográficas
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SANCHES, Mariana. TRUMP é acusado de ter sido ‘comandante-chefe’ de invasão ao Capitólio: o que aconteceu no segundo dia de impeachment. BBCBRASIL, [s. l.], 10 fev. 2021. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/internacional-56020785. Acesso em: 13 set. 2021.
TREVIZAN, Karina. Guerra comercial: entenda as tensões entre China e EUA e as incertezas para a economia mundial. ECONOMIA, [s. l.], 16 ago. 2019. Disponível em: https://g1.globo.com/economia/noticia/2019/08/16/guerra-comercial-entenda-a-piora-das-tensoes-entre-china-e-eua-e-as-incertezas-para-a-economia-mundial.ghtml. Acesso em: 19 jul. 2021.
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