Rev. Rel. Ext.
  • Análises
    • Artigos
    • Marcos Históricos
    • Perguntas & respostas
    • Resenhas
    • Opinião
  • Regiões
    • África
    • América do Norte
    • América Latina
      • Brasil
    • Ásia
    • Europa
    • Oriente Médio
    • Mundo
  • Tópicos
    • Comércio Internacional
    • Direitos Humanos
    • Geopolítica
    • Inovação, ciência & tecnologia
    • Meio Ambiente
    • Política Externa Brasileira
    • Paradiplomacia
    • Segurança Internacional
  • Eventos
    • 5º Curso de Política Externa – Israel | DEZ/2023
    • 4º Curso de Política Externa – Rússia e Oriente Médio
No Result
View All Result
Assine
Rev. Rel. Ext.
  • Análises
    • Artigos
    • Marcos Históricos
    • Perguntas & respostas
    • Resenhas
    • Opinião
  • Regiões
    • África
    • América do Norte
    • América Latina
      • Brasil
    • Ásia
    • Europa
    • Oriente Médio
    • Mundo
  • Tópicos
    • Comércio Internacional
    • Direitos Humanos
    • Geopolítica
    • Inovação, ciência & tecnologia
    • Meio Ambiente
    • Política Externa Brasileira
    • Paradiplomacia
    • Segurança Internacional
  • Eventos
    • 5º Curso de Política Externa – Israel | DEZ/2023
    • 4º Curso de Política Externa – Rússia e Oriente Médio
No Result
View All Result
Rel.Ext.
No Result
View All Result

Iêmen declara guerra à al-Qaeda – 14 de janeiro de 2010

Camila de PaulabyCamila de Paula
25 de julho de 2022 | 11:24
in Marco Histórico, Guerras e conflitos, Oriente Médio, Segurança Internacional, Terrorismo
Reading Time: 8 mins read
557
0
Share on FacebookShare on Twitter

Após os atentados de 11 de setembro de 2001, o mundo viu fenômeno do terrorismo ganhar uma relevância como não antes visto. A imagem das duas torres do World Trade Center em chamas, após serem atingidas por aviões sequestrados por terroristas fez com que palavras como terrorismo, Guerra ao Terror, e em especial al-Qaeda e Osama bin Laden ecoassem por todos os lados. 

O grupo terrorista al-Qaeda, formado inicialmente em 1987, teve suas origens marcadas por dois eventos – a luta contra a invasão soviética no Afeganistão e a Revolução Islâmica no Irã –, e tem em sua base o neo-salafismo e expansão do Islã como doutrinas, adotando uma postura extremamente violenta, considerando ser o único modo de libertação dos infiéis (MARINHA, 2013). Com o tempo, a al-Qaeda aumentou suas áreas de influência em vários países do Oriente Médio, não sendo diferente no Iêmen. 

You might also like

Documentários que ajudam a entender a Guerra entre Hamas e Israel

Documentários que ajudam a entender a Guerra entre Hamas e Israel

6 de dezembro de 2023 | 12:16
Proclamação da República – 15 de Novembro de 1889

Proclamação da República – 15 de Novembro de 1889

22 de novembro de 2023 | 10:01

Embora tenha chamado mais atenção nos últimos anos por conta da guerra civil que assola o país desde 2015, o Iêmen possui um histórico conturbado há décadas, indo desde o governo de Ali Abdullah Saleh, que permaneceu no poder por mais de 30 anos, passando pela corrupção das instituições e negligência regional, além de conflitos entre grupos regionais (SOHLMAN, 2011). Com a chegada da al-Qaeda na década de 1990, o país já tão problemático, ganhou mais um ator em suas disputas internas. 

A al-Qaeda no Iêmen

Após décadas de conflitos entre a República Arábica do Iêmen (parte norte) e a República Democrática do Iêmen (parte sul) – oficialmente uma república socialista, no ano de 1990 os dois Estados se unificaram. Embora o processo de criação da República do Iêmen prometesse transformar as relações entre as duas partes do país, não muito tempo depois, as tensões voltaram a eclodir. Como motivo para a relação tumultuada entre norte e sul, pode-se afirmar que a influência socialista na ex-República Democrática era o principal deles. Sob o comando do presidente Ali Abdullah Saleh, guerrilheiros do norte se deslocaram para a parte sul dando início a uma guerra civil, e futuramente se tornando parte do braço da al-Qaeda no Iêmen (AHMED, 2019).

Após uma repressão extremamente violenta, a guerra civil teve fim com a vitória dos guerrilheiros do norte e tomada total do controle sobre o sul. Sob o governo de Saleh, foram impostas políticas restritivas, em especial sobre as mulheres, e diminuição de instrumentos de proteção legal sobre a população do sul, criando-se um vácuo de poder e serviços na região, e abrindo espaço para a chegada e expansão da al-Qaeda (AHMED, 2019). Não menos violenta que as forças do governo, o grupo viu a pobreza e vulnerabilidade dos povos da região como facilitadores do recrutamento para suas atividades (MACLEOD; ARRABYEE, 2010). 

No ano de 2009, os movimentos jihadistas do Iêmen e Arábia Saudita se uniram criando a AQAP (al-Qaeda in the Arabian Peninsula). Movidos principalmente pelo descontentamento com a influência de potências ocidentais no Oriente Médio (KENDALL, 2016), posteriormente se tornaram uma das mais fortes e ativas ramificações do grupo terrorista (CLAUSEN, 2017). 

O governo iemenita declara guerra à al-Qaeda

Com uma atuação mais ativa após os atentados de 11/09 aos Estados Unidos, no final da década de 2000, a AQAP passou a chamar atenção em especial por ameaças de ataques terroristas a alvos ocidentais no Oriente Médio, e agravado pelo atentado fracassado ao avião da Northwest Airlines, que ia de Amsterdam a Chicago, em dezembro de 2009. Este evento serviu como impulsionador da represália do governo iemenita ao grupo terrorista (MACLEOD; ARRABYEE, 2010). 

Embora não esteja claro quando a cooperação de segurança entre Estados Unidos e Iêmen teve início, é sabido que o governo de Saleh sofreu pressões externas, não só dos norte-americanos, mas também dos governos da Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos – seus principais apoios financeiros – para combater os terroristas em suas fronteiras. Estima-se que no ano de 2010, como moeda de troca ao combate das forças da AQAP no país, a ajuda financeira dos Estados unidos ao governo iemenita chegou ao montante de 155 milhões de dólares, além da promessa da injeção de até meio bilhão de dólares nos cinco anos seguintes a fim de reconstruir as forças de segurança do país (SOHLMAN, 2011). Mesmo enfrentando enorme descontentamento de grande parte da população por sua aproximação com o ocidente, em especial os Estados Unidos, a partir de dezembro de 2009, as operações de combate ao grupo terrorista emergiram (PRIEST, 2010).

 Amparado por equipes de apoio tático norte americanas, quem também forneceram equipamentos militares e treinamento a soldados iemenitas, além de ataques por drones, o governo iniciou uma série de ataques à região sul do país, com vista a investir contra células e importantes figuras da AQAP (PRIEST, 2010). Após a declaração de guerra à AQAP em 10 de janeiro de 2010, forças de operações do governo iemenita começaram a explorar as montanhas e províncias ao sul do país à procura de militantes escondidos entre a população. Tais ataques tiveram impacto direto sobre o descontentamento da população, já que tais investidas também causavam um grande número de fatalidades entre civis. (SUDAM, 2010).

Considerações finais

Quanto ao Iêmen, o país continua sendo assolado por sucessivas crises agravadas na última década por conta dos desdobramentos da Primavera Árabe, que desencadeou na deposição de Ali Abdullah Saleh e posteriormente levou a uma nova guerra civil entre os rebeldes Houthis e forças do governo provisório eleito após a queda do então presidente, que já se estende por mais de uma década (FERNANDES; LIMA; LINS, 2020). Juntando-se a isso, a região também se tornou uma área de competição por influência entre a al-Qaeda e o Estado Islâmico (KENDALL, 2016). Segundo a Agência da Organização das Nações Unidas para Refugiados (ANCNUR), atualmente no Iêmen há mais de 3,6 milhões de pessoas deslocadas no país, com aproximadamente 80% da população em situação de vulnerabilidade. 

Quanto à al-Qaeda, após as consequências da Primavera Árabe, o grupo terrorista teve sua melhor fase no país, aproveitando-se do caos instalado pela guerra civil. Porém, a partir de 2015, teve início o declínio do grupo terrorista no Iêmen, principalmente devido a morte de seu líder Nasir al-Wuhayshi em um ataque por drones, efetuado pelos Estados Unidos, e a uma crise ideológica instaurada em sua formação (AL-JAMAL, 2021). Aliado a isso, o crescimento do auto intitulado Estado Islâmico na região, contribuiu para o declínio da AQAP (KENDALL, 2016). Mesmo enfraquecida, a al-Qaeda e suas ramificações permanecem ativas ainda nos dias de hoje. 

Referências

AL-JAMAL, Abdulrazzaq. Al-Qaeda’s Decline in Yemen: an abandonment of ideology amid a crisis of leadership. Sana’a Center for Strategic Studies. 2021. Disponível em: < https://sanaacenter.org/publications/analysis/15138>. Acesso em 26 de nov. de 2021.

CLAUSEN, Maria-Louise. Islamic State in Yemen – A Rival to al-Qaeda? Connections, Vol. 16, Nº 1 (Winter 2017), p. 60-62. Disponível em: < https://www.jstor.org/stable/10.2307/26326470>. Acesso em: 22 de nov. 2021. 

FERNANDES, Antônio Alves Tôrres; LIMA, Amanda Rafaela Domingos; LINS, Rodrigo Galvão Pinho. Democracia após a Primavera Árabe? Os casos de Tunísia, Egito, Iêmen e Líbia. Brazilian Journal of International Relations. Edição Quadrimestral, V. 9, Ed. 3, 2020. Disponível em: <https://doi.org/10.36311/2237-7743.2020.v9n3.p604-624>. Acesso em: 22 de nov. de 2021. 

KENDALL, Elizabeth. Al-Qa’ida & Islamic State in Yemen: A battle for Local Audiences. Jihadism Transformed: Al-Qaeda and Islamic State’s Global Battle of Ideas. Hurst Publishers, London – 2016. Disponível em < 10.1093/acprof:oso/9780190650292.003.0006>. Acesso em 23 de nov. de 2021. 

MACLEOD, Hugh; ARRABYEE, Nasser. Yemeni air attacks on al-Qaeda fighters risk mobilising hostile tribes. The Guardian. 03 de jan. 2010. Disponível em <https://www.theguardian.com/world/2010/jan/03/yemen-air-attacks-alqaida>. Acesso em 21 de nov. 2021. 

MARINHA, Cândida Neves. A liderança numa organização terrorista: a Al-Qaeda como estudo de caso. Universidade de Coimbra. 26 de fev. de 2013. Disponível em: <
http://hdl.handle.net/10316/23285>. Acesso em 25 de nov de 2021. 

PRIEST, Dana. U.S. military teams, intelligence deeply involved in aiding Yemen on strikes. The Washington Post. 27 de jan. 2010. Disponível em: < https://www.washingtonpost.com/wp-dyn/content/article/2010/01/26/AR2010012604239_pf. html>. Acesso em 20 de nov. de 2021.
SOHLMAN, Eva. Yemen Fractures on the Brink of Civil War as al-Qaeda Gains Ground. American Foreign Policy Interests. 2011. Disponível em: < http://dx.doi.org/10.1080/10803920.2011.620517>. Acesso em 22 de nov de 2021.

Tags: Al-QaedaguerraGuerra ao TerrorIêmenOriente MédioSegurança InternacionalTerrorismo
Camila de Paula

Camila de Paula

Sou graduada em Turismo pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, e após alguns anos trabalhando na área, decidi correr atrás de uma vontade que sempre tive de cursar Relações Internacionais, devido ao meu grande interesse na área de Política Internacional. Atualmente curso o 8º período da graduação em RI pela Universidade Veiga de Almeida, no Rio de Janeiro, e sou estagiária em uma empresa de Comércio Exterior. Áreas de interesse: Geopolítica, Instituições Internacionais, Cooperação Internacional, Desenvolvimento, Desigualdade, Estudo do Discurso, Cenário Internacional, Política Externa.

Artigos Relacionados

Documentários que ajudam a entender a Guerra entre Hamas e Israel

Documentários que ajudam a entender a Guerra entre Hamas e Israel

byGuilherme Bueno
6 de dezembro de 2023 | 12:16
0

As relações entre a Palestina e Israel é um dos desafios no campo das relações internacionais mais intrincados e historicamente...

Proclamação da República – 15 de Novembro de 1889

Proclamação da República – 15 de Novembro de 1889

byCamila dos Santos Delfino
22 de novembro de 2023 | 10:01
0

A proclamação da república no Brasil aconteceu no dia 15 de novembro de 1889 e foi responsável por encerrar o...

Primeira Guerra Mundial: O Fim de uma Era

Primeira Guerra Mundial: O Fim de uma Era

byMattheus Vittor De Souza Pinto
22 de novembro de 2023 | 09:19
0

 O término das hostilidades nos campos de batalha da Grande Guerra encerrou-se no dia 11 de novembro de 1918 com...

48 anos do Estado de Angola: aspectos políticos, econômicos e sociais de sua independência de Portugal

48 anos do Estado de Angola: aspectos políticos, econômicos e sociais de sua independência de Portugal

byJúlia Panissi Silveira Fernandes
22 de novembro de 2023 | 08:38
0

Meses após a Revolução dos Cravos em Portugal em 25 de abril de 1974, que visava estabelecer liberdades democráticas e...

Next Post

A importância da Resolução 79 para o Tema do Desarmamento – 17 de janeiro de 1989

Please login to join discussion
Relações Exteriores

A Revista Relações Exteriores publica análises com diferentes abordagens e perspectivas para abarcar e dar respostas em tempo adequado aos diferentes assuntos da seara internacional.

  • Apresentação
  • Minha Conta
  • Meus Cursos
  • Assinaturas
  • Contato

© 2023 Rev. Rev. Ext. - Análise de Relações Internacionais. Desev. ESRI.

No Result
View All Result
  • Análises
    • Artigos
    • Marcos Históricos
    • Perguntas & respostas
    • Resenhas
    • Opinião
  • Regiões
    • África
    • América do Norte
    • América Latina
      • Brasil
    • Ásia
    • Europa
    • Oriente Médio
    • Mundo
  • Tópicos
    • Comércio Internacional
    • Direitos Humanos
    • Geopolítica
    • Inovação, ciência & tecnologia
    • Meio Ambiente
    • Política Externa Brasileira
    • Paradiplomacia
    • Segurança Internacional
  • Eventos
    • 5º Curso de Política Externa – Israel | DEZ/2023
    • 4º Curso de Política Externa – Rússia e Oriente Médio

© 2023 Rev. Rev. Ext. - Análise de Relações Internacionais. Desev. ESRI.

Welcome Back!

Login to your account below

Forgotten Password? Sign Up

Create New Account!

Fill the forms below to register

All fields are required. Log In

Retrieve your password

Please enter your username or email address to reset your password.

Log In

Add New Playlist

Inserir/editar link

Insira o URL de destino

Ou apontar para um conteúdo existente

    Nenhum termo de busca especificado. Exibindo os mais recentes. Pesquise ou use as teclas seta para cima/baixo para selecionar um item.