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A Corrente Báltica – 23 de agosto de 1989

Alexandre PiamolinibyAlexandre Piamolini
26 de julho de 2022 | 09:10
in Marco Histórico, Europa, Geopolítica, Guerras e conflitos, Leste Europeu, Política Internacional
Reading Time: 12 mins read
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A Corrente Báltica, evento de caráter social e pacífico, ocorreu no dia 23 de agosto de 1989, quando cerca de dois milhões de pessoas estenderam as mãos – desde Tallinn, na Estônia, até as capitais Riga (Letônia) e Vilnius (Lituânia). A manifestação reforçava nos anseios pela retomada da independência perante o controle e a subserviência de Moscou.

Logo, o presente marco histórico pretende analisar os impactos que a realização da Corrente Báltica, em 1989, implicou para que as três repúblicas bálticas retomassem as suas soberanias políticas – e posteriormente se aproximassem do Ocidente. Assim, a reordenação de seus princípios de política externa esteve ancorada nos objetivos estratégicos pelo ingresso na União Europeia e na OTAN – o que se oficializou em 2004.

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Por outro lado, infere-se a importância de analisarmos a atual conjuntura da região báltica, situada através de altos níveis de tensões vivenciados pela Rússia e os Estados Unidos. Assim, a partir de 1989, a Estônia, Letônia e a Lituânia se afastaram da influência de Moscou; e por conseguinte, atualmente a região báltica estreitou os seus laços político, econômico e militares com os Estados Unidos/OTAN e o bloco europeu.

As nações bálticas no século XX

As três nações bálticas, compreendidas pela Estônia, Letônia e a Lituânia, enfrentaram um turbulento século XX, marcado por anexação de seus territórios e domínios por parte da extinta União Soviética. Assim, em 1918 os Estados bálticos retomam as suas independências do Império Russo, após a revolução soviética impactar diretamente para o governo imperial russo. No entanto, a soberania política da Estônia, da Letônia e da Lituânia permaneceu até 1939, quando duas grandes potências costuraram um acordo político, cujo propósito era dividir o continente europeu em duas áreas de influência.

A Corrente Báltica – 23 de agosto de 1989 1
Localização geográfica das três repúblicas bálticas. Destacadas em azul, e de cima para baixo, Estônia, Letônia e Lituânia (WIKIMEDIA COMMONS, 2014).

Desse modo, no dia 23 de agosto de 1939, os governos de Berlim e Moscou assinaram o pacto nazi-soviético Ribbentrop-Molotov, cujos objetivos destinavam à divisão da Polônia entre a Alemanha e a União Soviética, ao controle da Finlândia por Moscou; e a anexação dos três países bálticos ao domínio da União Soviética – que posteriormente se confirmou em 1940. Por outro lado, a Alemanha expandiria os seus domínios para a região ocidental da Europa.

Assim, no intervalo entre 1940 até 1989, os Estados bálticos permaneceram sob a influência política, militar e ideológica da União Soviética, através da inclusão da Estônia, Letônia e a Lituânia como Repúblicas Socialistas Soviéticas (RSS). Por outro lado, o dia 23 de agosto de 1989é considerado como um grande marco histórico para os povos das três repúblicas bálticas, devido à guinada na transição política rumo às suas independências no Sistema Internacional.

A Corrente Báltica (1989)

Em 1989, o bloco do leste da Europa foi impactado por inúmeros eventos nos países que permaneceram sob a influência da União Soviética durante a Guerra Fria. Desse modo, os países satélites, situados sob a cortina de ferro, e caracterizados pela Polônia, Tchecoslováquia, extinta Alemanha oriental, Hungria, Romênia e Bulgária, passaram por grandes processos de transições políticas durante o ano de 1989. Logo, as mudanças políticas representaram na derrocada dos governos comunistas; e inclusive, na perda de influência de Moscou no leste europeu.

Por outro lado, os territórios da região báltica, caracterizada pela Estônia, Letônia e Lituânia, foram anexados pela União Soviética em 1940, uma decisão política que foi amplamente criticada por Washington e vista como de caráter expansionista por Moscou. Posteriormente, após o término da Guerra Fria em 1991, os Estados Unidos apoiaram fortemente pela restauração da independência das três repúblicas bálticas, e inclusive pelas suas inclusões na União Europeia e na OTAN (MIX, 2020, p. 1).

Durante a década de 80, contudo, a ascensão das agitações populares no leste da Europa chegou aos Estados bálticos que, diante de seus interesses pela retomada de suas soberanias políticas, grupos políticos pró-independência ganharam força nas três capitais bálticas. Assim, no intervalo entre 1986-1989, a ocorrência de grandes eventos políticos impactou diretamente no relacionamento entre os governos de Tallinn, Riga, Vilnius com Moscou.

Primeiro, entre 1986-1987, na Letônia o grupo “Helsinque 86” ganhou força, uma vez que os cidadãos, caracterizados como antissoviéticos, também almejavam pela independência; o que culminou na realização de protestos populares pró-independência. Na Estônia, em setembro de 1987, quatro grandes personalidades populares propuseram que a nação báltica adquirisse autonomia econômica frente à influência da União Soviética. Por fim, na Lituânia, em 1988, o movimento nacionalista Sąjūdis, sob a liderança de Vytautis Landsbergis, adquiriu amplo reconhecimento popular; e posteriormente se tornou um partido político ancorado na independência da Lituânia. 

O desejo pela independência e a soberania frente à União Soviética adquiriu grande impacto internacional em 23 de agosto de 1989, quando as três repúblicas organizaram a Cadeia Báltica, unindo as três capitais (Tallinn, Riga e Vilnius), através de um extenso corredor humano. Desse modo, a Cadeia Báltica foi significativa para os três países, visto que:

“Entre um milhão e meio e dois milhões de pessoas, de uma população total de sete milhões e meio, formaram, de mãos dadas, uma corrente humana ininterrupta de 600 quilômetros de extensão que unia as três repúblicas bálticas de uma ponta à outra, passando pelas três capitais. Foi esta a maneira pacífica e organizada que as populações bálticas escolheram para chamar a atenção da comunidade internacional para a ilegalidade da ocupação soviética e para a solidariedade mútua na perseguição do objetivo de independência” (AMARAL, 2011, p. 90).

É importante mencionar que a data de realização da Corrente Báltica coincidiu com o cinquentenário do acordo estratégico, firmado no dia 23 de agosto de 1939, quando a Alemanha nazista e a União Soviética assinaram o pacto Ribbentropp-Molotov. Sendo assim, após a realização da corrente báltica, os governos de Tallinn, Riga e Vilnius reordenaram os seus princípios políticos e estratégicos a partir de 1990, seja pela retirada das tropas soviéticas do território báltico; e sobretudo no processo de aproximação com o Ocidente.

Não obstante, a perda da influência das repúblicas bálticas impactou para Moscou, pois:

“Para os soviéticos, os Estados bálticos não faziam parte da Europa Oriental, e eram possessões do Império Russo perdidas durante a Revolução de 1917 devido à intervenção imperialista. Eles haviam recobrado esses territórios em consequência do Pacto Molotov-Ribbentrop, perdido uma vez mais em 1941 e reconquistado na guerra sangrenta contra Hitler. Na ótica de Moscou, os aliados ocidentais tinham aceitado essa nova realidade geopolítica nas conferências de Teerã e Yalta. Desfazer-se dos países bálticos era inconcebível para os líderes soviéticos presos à mentalidade da Guerra Fria, convencidos de que, ao se apoderar da região, eles haviam corrigido uma injustiça cometida pelo Ocidente contra a Rússia em consequência da revolução. Um motivo mais imediato para reter as repúblicas bálticas era o fato de que permitir sua secessão criaria um precedente para as outras repúblicas soviéticas e implicaria o fim da União Soviética”(PLOKHY, 2015, p. 221-222).

A reordenação, e a retomada da independência a partir de 1991, permitiu que os Estados bálticos pudessem desenvolver os seus princípios políticos basilares no pós-Guerra Fria. Assim, ao longo da década de 90, ocorreu a aproximação com o Ocidente, principalmente com os Estados Unidos e os dois blocos político e de segurança: a União Europeia e a OTAN. 

Impactos geopolíticos no pós-Guerra Fria (1991)

Após o término da Guerra Fria em 1991, os países bálticos reordenaram as suas políticas e buscaram se aproximar do Ocidente. Diante disso, a Estônia, a Letônia e a Lituânia trabalharam em prol de suas futuras candidaturas na União Europeia e na OTAN; objetivos que foram conquistados em 2004, quando as três repúblicas foram admitidas nas duas organizações internacionais. A partir disso, os governos de Tallinn, Riga e Vilnius estreitaram as suas políticas externas com o Ocidente, principalmente com os Estados Unidos, através dos grandes objetivos estratégicos para intensificar a presença da OTAN na região báltica.

Ademais, no campo regional, os países bálticos trabalharam em prol do aprofundamento da cooperação e a integração regional, como por exemplo, na participação do grupo dos Nove de Bucareste (B9), grupo de países-membros da OTAN e localizados no leste europeu. Também, os países bálticos aprofundaram sua cooperação com os Estados Unidos, e inclusive consideram a presença estadunidense como imprescindível para a segurança da geopolítica báltica.

No que tange à segurança regional, a Estônia, Letônia e a Lituânia firmaram, em 1992, junto com as nações escandinavas (Noruega, Suécia, Finlândia, Islândia e a Dinamarca) a fundação da Cooperação em Segurança Nórdico-Báltica –(Nordic Baltic Security Cooperation). Desde então, as oito nações trabalham conjuntamente com o objetivo de reforçar a segurança das regiões báltica e nórdica – inclusive com a participação e a aliança com os Estados Unidos.

Na atual conjuntura política, os Estados bálticos são aliados próximos dos Estados Unidos, cooperam estreitamente para a grande estratégia de reforçar militarmente o bloco atlântico no flanco leste da Europa – medida que prioriza nas capacidades de conter qualquer reinserção política e militar da Rússia. 

Considerações Finais

Após a realização da cadeia báltica em 1989, as três repúblicas bálticas buscaram se afastar da influência de Moscou, e, por conseguinte, almejaram se aproximar do Ocidente, principalmente para fins de ingressarem na União Europeia e na OTAN. Sendo assim, a participação no bloco militar atlântico possibilitou que os Estados Unidos pudessem reforçar a sua presença política e militar na região báltica. Por outro lado, com a inclusão da Estônia, Letônia e a Lituânia na OTAN, os territórios das três repúblicas situam-se, atualmente, sob o guarda-chuva geoestratégico e militar de Washington.

Ademais, a região báltica adquiriu notoriedade política e estratégica, uma vez que, além de os três Estados cooperarem estreitamente com os Estados Unidos e a OTAN, também vislumbram pelo aprofundamento dos processos de cooperação e integração regional. Sendo assim, a Estônia, Letônia e a Lituânia trabalham conjuntamente na Iniciativa dos Três Mares, nas estreitas relações com os países de Visegrad, com as nações escandinavas (através da cooperação militar e estratégica Nórdico-Báltica); e por fim, na parceria com o grupo dos Nove de Bucareste (B9).

Logo, desde a retomada de suas independências políticas, a aproximação com os Estados Unidos e as suas filiações na OTAN representou, em plenas garantias, que os seus territórios permaneçam sob a égide de segurança do bloco atlântico e de Washington. Temerosos de uma hipotética invasão russa, o aprofundamento da cooperação militar com os Estados Unidos e a Aliança Atlântica implicaram para que a região báltica se tornasse um grande foco de animosidades entre os Estados Unidos e a Rússia.

Referências

AMARAL, José Estanislau do. Usos da História: A Diplomacia Contemporânea dos Estados Bálticos. Subsídios para a Política Externa Brasileira. Brasília, 2011.

CALVOCORESSI, Peter. Política Mundial a partir de 1945. 9ª edição. Porto Alegre: Penso, 2011. 824 p.

MIX, Derek. Estonia, Latvia, and Lithuania: Background and U.S. – Baltic Relations. Congressional Research Service. January 2, 2020.

PLOKHY, Serhii. O Último Império. Os últimos dias da União Soviética. São Paulo: Leya, 2015. 544 p.

REPUBLIC OF ESTONIA. MINISTRY OF FOREIGN AFFAIRS. Nordic-Baltic Cooperation (NB8). Disponível em<https://vm.ee/en/nordic-baltic-cooperation-nb8>.

Acesso em: 12/08/2021.

U.S. Department of State. U.S. Security Cooperation With the Baltic States. Disponível em< https://www.state.gov/u-s-security-cooperation-with-the-baltic-states/>. Acesso em: 22/08/2021.

WIKIMEDIA COMMONS. Baltic States. Disponível em<https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Baltic_States_2.svg>. Acesso em:13/08/2021.

Tags: Corrente BálticaEstôniaLeste europeuLetôniaLituâniaPaíses Bálticos
Alexandre Piamolini

Alexandre Piamolini

Mestre (2020) em Estudos Estratégicos Internacionais pela UFRGS/PPGEEI, bacharel (2017) em Relações Internacionais pela UniRitter de Porto Alegre/RS.

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