A ascensão do príncipe herdeiro Mohammed bin Salman (MBS) ao centro do poder na Arábia Saudita, a partir de 2015, inaugurou uma nova fase da política externa do reino. Em contraste com a diplomacia conservadora, baseada em decisões colegiadas entre os principais membros da família Al Saud, MBS adotou uma postura mais centralizadora, assertiva e estratégica, moldada tanto por interesses pessoais quanto pelas urgências do regime.
Sua liderança coincide com o lançamento da ambiciosa Saudi Vision 2030, um plano de transformação econômica que visa reduzir a dependência do petróleo, diversificar a economia e projetar a imagem de uma Arábia Saudita moderna, inovadora e atrativa ao capital global. Essa agenda, no entanto, não pode ser dissociada da política externa: a busca por novos parceiros, a diversificação das alianças internacionais e o protagonismo diplomático são ferramentas essenciais para garantir os recursos, a legitimidade e a estabilidade necessários à realização da Vision 2030.
Sumário
Neste artigo, examinamos como a política externa saudita foi redesenhada sob MBS, analisando seus vetores estratégicos, contradições internas, instrumentos de soft power e dilemas geopolíticos. O objetivo é compreender como um regime autoritário e rentista busca se reinventar globalmente, sem necessariamente abrir mão dos seus pilares internos de controle e repressão.
Centralização e ruptura: o comando estratégico de MBS
Ao contrário de seus antecessores, que governavam em articulação com um núcleo de príncipes seniores e instituições tradicionais da monarquia saudita, Mohammed bin Salman concentrou o processo decisório em torno de sua figura, rompendo com o modelo dinástico de consulta e consenso. A partir de 2015, e especialmente após consolidar-se como príncipe herdeiro em 2017, MBS transformou a política externa em uma extensão direta de sua liderança pessoal.
Essa centralização produziu mudanças substanciais no padrão diplomático do reino. De um lado, conferiu agilidade e coerência estratégica, como demonstrado pela rápida decisão de intervir militarmente no Iêmen, em nome da contenção do avanço dos houthis — considerados aliados do Irã. De outro, expôs o país a riscos de personalismo e voluntarismo, como revelado na política ambígua frente à Síria e nas tensões derivadas do assassinato de Jamal Khashoggi, episódio que comprometeu seriamente a imagem internacional do reino.
A ruptura institucional promovida por MBS também se explica pela aplicação de um novo modelo decisório, descrito pela literatura como predominância de um líder único no processo de formulação e implementação da política externa. O príncipe herdeiro assumiu o papel de decisor final e irreversível, rompendo com a tradição de negociações internas e pactos de equilíbrio entre os diferentes ramos da família real.

Esse novo arranjo permitiu a formulação de uma política externa mais audaciosa, capaz de explorar nichos de poder em um sistema internacional em transição. No entanto, ao mesmo tempo, tornou o país mais vulnerável a erros de cálculo, uma vez que as decisões estão cada vez mais concentradas e menos sujeitas a mecanismos de contenção internos. A própria Vision 2030, embora apresentada como um projeto coletivo, é percebida internacionalmente como uma agenda personalizada e dependente da estabilidade do príncipe herdeiro.
Regime security como motor da política externa saudita
Um dos conceitos mais úteis para compreender a lógica da política externa da Arábia Saudita sob MBS é o de regime security. Esse conceito, amplamente utilizado nos estudos sobre o Oriente Médio, parte da premissa de que os regimes autoritários da região formulam suas políticas externas priorizando a proteção da elite no poder e não necessariamente o interesse nacional em sentido amplo (Ayoob, 1995; Gause III, 2014; Calculli e Legrenzi, 2016).
No caso saudita, essa lógica se expressa na percepção de que o Irã representa uma ameaça existencial à estabilidade do regime. Trata-se de uma ameaça multidimensional — religiosa, política, geoestratégica — que justifica ações ofensivas no exterior e a repressão de minorias internas, especialmente a população xiita localizada na Província Oriental, próxima aos maiores campos petrolíferos do país (Gause III, 2014).
Como destaca Lima (2023), mesmo quando a política externa parece contraditória — como ao atacar os houthis no Iêmen, mas aceitar a permanência de Bashar al-Assad na Síria —, a lógica de segurança do regime permanece coerente: conter a influência iraniana onde for possível e acomodá-la onde os custos da confrontação forem elevados. Assim, a decisão de retirar o apoio à oposição síria e buscar uma coexistência diplomática com Damasco e Moscou reflete uma leitura pragmática da nova correlação de forças regionais.

Além disso, a centralidade do conceito de regime security ajuda a compreender por que a política externa saudita é seletiva em relação a temas de direitos humanos, democratização ou multilateralismo. A prioridade é garantir que a monarquia mantenha sua legitimidade interna, o controle sobre os recursos econômicos e o monopólio das instituições religiosas. Para isso, recorre-se a uma combinação de estratégias externas de contenção, alinhamentos flexíveis com potências globais e, sobretudo, narrativas de modernização controlada.
Essa abordagem também se revela em iniciativas diplomáticas que visam demonstrar responsabilidade regional — como a mediação na guerra do Sudão ou a reaproximação com o Irã —, mas que são instrumentalizadas para fortalecer o prestígio do regime no cenário internacional. Como observam Darwich e Kaarbo (2019), a combinação entre segurança do regime e liderança predominante é um fator explicativo poderoso para entender a atuação externa de Estados autoritários no Oriente Médio.
Por fim, vale destacar que o foco na segurança do regime não é exclusivo da Arábia Saudita, mas seu peso simbólico como centro do Islã sunita e sua riqueza petrolífera tornam essa preocupação mais aguda. O risco de instabilidade interna repercute diretamente na ordem regional e global, o que explica o apoio histórico dos Estados Unidos ao regime saudita e a atual cautela chinesa nas relações com Riad (Nonneman, 2006; Blanchard, 2021).
Multi-alinhamento estratégico: o jogo arriscado entre China e EUA
A política externa saudita sob Mohammed bin Salman também se caracteriza por um esforço sistemático de diversificação das alianças internacionais. Diante do enfraquecimento da confiança mútua com os Estados Unidos e da crescente presença chinesa no Oriente Médio, o reino passou a adotar uma estratégia de multi-alinhamento pragmático, buscando maximizar ganhos com diferentes potências sem se comprometer inteiramente com nenhuma delas.
A parceria com os Estados Unidos continua sendo fundamental do ponto de vista militar e de segurança, dado que Washington é o principal fornecedor de armamentos e historicamente o garantidor da estabilidade do Golfo (Blanchard, 2021). Contudo, após episódios como a assinatura do acordo nuclear com o Irã em 2015 e a hesitação norte-americana em responder ao ataque às instalações da Saudi Aramco em 2019, a elite saudita passou a desconfiar da disposição americana em garantir sua proteção em um cenário de crise (Lima, 2023).
Ao mesmo tempo, a China emergiu como um parceiro estratégico em áreas críticas para a Vision 2030: energia, infraestrutura, tecnologia e investimento direto. A adesão da Arábia Saudita à Iniciativa do Cinturão e Rota (BRI) foi acompanhada por parcerias em zonas econômicas especiais e acordos de cooperação no campo da inteligência artificial, segurança cibernética e exploração espacial (Fulton, 2020). A diplomacia saudita passou a descrever a China como um “colaborador para o desenvolvimento”, evitando enquadramentos ideológicos.
Essa equilibração estratégica traz consigo um dilema geopolítico complexo: fortalecer laços com Pequim pode comprometer a relação com Washington — especialmente em temas sensíveis como defesa, energia e influência no Sul Global. Como apontam Amal e Rahayu (2024), esse dilema representa uma das maiores ameaças à coerência estratégica da Vision 2030, pois o sucesso econômico depende da confiança de ambos os lados na estabilidade do regime saudita.
Além disso, a posição de destaque que a Arábia Saudita vem buscando em fóruns como o BRICS e a Organização de Cooperação de Xangai é interpretada por muitos analistas como um sinal de distanciamento do eixo atlântico. A mediação saudita no acordo de reaproximação entre Irã e Arábia Saudita — com intermediação chinesa — reforça essa leitura (Ali, 2024). Ainda assim, a liderança de MBS insiste em demonstrar que o reino busca autonomia estratégica, e não substituição de aliados.
O risco central, no entanto, é que essa política de “dança entre gigantes” se torne insustentável em um cenário de crescente polarização internacional. Ao tentar agradar simultaneamente os dois principais polos da disputa hegemônica global, a Arábia Saudita expõe sua vulnerabilidade estrutural: uma economia ainda dependente do petróleo, uma monarquia patrimonialista e um projeto de modernização que carece de credibilidade institucional.
A médio prazo, o sucesso ou fracasso da Vision 2030 dependerá da habilidade do regime saudita em manter esse delicado equilíbrio entre interesses divergentes, sem perder legitimidade nem comprometer a previsibilidade necessária para atrair investimento e confiança internacional. Como enfatiza Grand e Wolf (2022), a diplomacia econômica de MBS precisa conciliar ambição com estabilidade — algo que nem sempre é possível no atual sistema internacional.
Soft power, futebol e o rebranding de um regime autoritário
À medida que a Arábia Saudita busca reposicionar-se no cenário internacional como potência emergente e centro de inovação, o regime de MBS tem investido pesadamente em estratégias de soft power, com destaque para o campo dos esportes, da cultura pop e da economia criativa. Entre todas essas iniciativas, o futebol tem se destacado como instrumento simbólico e político de uma ofensiva que muitos analistas têm descrito como uma forma sofisticada de sportswashing — isto é, o uso de megaeventos esportivos para desviar a atenção das violações de direitos humanos e reabilitar a imagem internacional do país (Ali, 2024).
Desde 2021, o governo saudita tem impulsionado a Liga Saudita com contratos milionários para atrair estrelas do futebol mundial — entre elas, Cristiano Ronaldo, Neymar e Karim Benzema —, numa tentativa clara de converter o país em referência esportiva global. A aquisição do clube inglês Newcastle United por um fundo soberano ligado ao governo e a candidatura para sediar a Copa do Mundo de 2034 fazem parte da mesma lógica: apresentar a Arábia Saudita como um novo polo de entretenimento, juventude e modernidade.
No entanto, o investimento em esportes de alto nível vai muito além do marketing. Trata-se de um esforço coordenado de rebranding geopolítico, que busca reconfigurar a imagem da monarquia saudita perante investidores, governos e organismos multilaterais. Ao associar-se a símbolos de sucesso, popularidade e inovação, o regime tenta neutralizar as imagens associadas à repressão política, ao assassinato de opositores e à exclusão de mulheres e minorias.
Esse esforço simbólico é parte integrante da Vision 2030, que ambiciona transformar o país em um hub global de turismo, entretenimento e tecnologia. Como destacam Amal e Rahayu (2024), para atrair investimentos e legitimidade, a Arábia Saudita precisa “vender-se como moderna, segura e aberta ao mundo”, mesmo que internamente mantenha estruturas autoritárias e práticas repressivas. A contradição é visível: enquanto promove megaeventos esportivos, o país prende ativistas, censura jornalistas e concentra poder em uma única figura.
Mais do que nunca, portanto, o sucesso da estratégia externa saudita está atrelado à capacidade de projetar uma imagem de futuro, mesmo que os fundamentos políticos permaneçam ancorados no passado. Como observa Ali (2024), o soft power esportivo de MBS opera como um “escudo simbólico” para proteger o regime das críticas, sem necessariamente alterar sua essência.

Mas esse modelo tem limites. A tentativa de substituir legitimidade política por prestígio simbólico pode criar uma imagem artificial, frágil frente a crises políticas ou humanitárias. E, como demonstram casos anteriores (como os Jogos Olímpicos de Pequim ou a Copa do Mundo no Catar), o investimento em esportes pode chamar atenção internacional para o regime — inclusive de forma negativa.
Megaprojetos, imagem e urgência: a modernização como espetáculo
No centro da Vision 2030 está a promessa de transformar a Arábia Saudita em uma potência do século XXI: tecnológica, sustentável, atrativa para investimentos e capaz de competir com centros globais como Dubai, Cingapura ou Hong Kong. Para isso, o regime investe em uma série de megaprojetos futuristas, como a cidade linear NEOM e o distrito urbano digital The Line, que simbolizam não apenas inovação urbanística, mas sobretudo uma tentativa de romper com a imagem de um país fechado, conservador e dependente do petróleo (Grand e Wolf, 2022).

Esses projetos são apresentados como a materialização de um “novo contrato social” saudita, onde o Estado não apenas distribui renda, mas também lidera a inovação e o empreendedorismo. Entretanto, como apontam Amal e Rahayu (2024), a urgência de “vender” o país como moderno revela mais uma necessidade de sobrevivência reputacional do que uma transformação real. Para atrair capital estrangeiro, turistas e legitimidade política internacional, a monarquia precisa parecer diferente — ainda que suas estruturas permaneçam inalteradas.
Essa modernização forçada ocorre em meio a tensões estruturais. Por um lado, há o desafio de reestruturar uma economia historicamente dependente do petróleo, com baixa produtividade fora do setor energético e um mercado de trabalho dominado por expatriados. Por outro, o regime precisa mostrar resultados rápidos para manter a confiança de investidores e parceiros estratégicos — especialmente em um ambiente geopolítico volátil e com a crescente competição de outras potências regionais.
Os megaprojetos, portanto, operam também como uma estratégia simbólica de poder: são monumentos da nova era de MBS, pensados para exibir autoridade, controle e capacidade de realização. No entanto, esse espetáculo de modernidade convive com uma realidade política autoritária, onde críticos são silenciados, a sociedade civil é reprimida e a participação popular é inexistente (Lima, 2023).
O risco desse modelo é que ele gere uma modernidade de superfície, sem respaldo institucional ou social. A ausência de mecanismos de accountability, transparência e pluralismo político ameaça transformar os megaprojetos em fábricas de expectativa, mais úteis como propaganda do que como motores reais de transformação. Como resume Ali (2024), a Arábia Saudita projeta um futuro digital e sustentável, mas opera a partir de um presente concentrador, hierárquico e repressivo.
A tensão entre imagem e substância é o grande dilema do regime: a Vision 2030 precisa parecer moderna para funcionar, mas não pode ser plenamente moderna sem ameaçar a base política que sustenta o poder de MBS.
Entre o poder e a ilusão — o paradoxo saudita
A política externa da Arábia Saudita sob Mohammed bin Salman representa uma tentativa audaciosa de reposicionar o reino como uma potência regional autônoma, moderna e influente. Para isso, o regime centralizou decisões em torno de um líder predominante, redefiniu alianças internacionais com base no pragmatismo do multi-alinhamento, ativou instrumentos de soft power como o futebol e os esportes, e impulsionou megaprojetos futuristas como vitrines de modernização.
Contudo, por trás dessa arquitetura estratégica sofisticada, subsiste um paradoxo fundamental: o regime busca modernizar a imagem e a economia, mas sem reformar as bases autoritárias que sustentam seu poder. A Vision 2030 promete abertura, inovação e inclusão, mas é conduzida por um sistema fechado, hierárquico e dependente da repressão política (Gause III, 2014; Ali, 2024). O resultado é uma modernização controlada, seletiva e profundamente vulnerável a choques internos e externos.
O uso da política externa como instrumento de segurança do regime — em vez de expressão de interesse nacional — reforça a lógica de que a prioridade máxima é a preservação do poder da família real, e especialmente da figura de MBS. A mediação em conflitos, a diplomacia econômica com China e EUA, e até mesmo a liderança no mundo islâmico são parte de um esforço para garantir reconhecimento externo e estabilidade interna, sem abrir mão do controle político absoluto (Lima, 2023).
O grande risco do projeto de MBS é que ele seja bem-sucedido apenas como espetáculo, sem sustentação política ou social. Ao construir uma narrativa de modernidade sem democratização, o regime cria expectativas externas elevadas e tensões internas crescentes, especialmente entre os jovens sauditas, mulheres e comunidades marginalizadas que desejam mais do que consumo e imagem — desejam voz, direitos e participação.
A Arábia Saudita de MBS é, ao mesmo tempo, um laboratório de inovação autoritária e um experimento de sobrevivência política em meio à multipolaridade global. Sua trajetória nas próximas décadas dependerá de sua capacidade de equilibrar poder e abertura, riqueza e legitimidade, controle e transformação. A pergunta que permanece é: é possível modernizar sem democratizar? E por quanto tempo?
Referências
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Analista de Relações Internacionais, organizador do Congresso de Relações Internacionais e editor da Revista Relações Exteriores. Professor, Palestrante e Empreendedor. Contato profissional: guilherme.bueno(a)esri.net.br