Baseado nas leituras de Steven Pinker (2011) sobre o processo civilizatório e marcos civilizatórios, na obra “Os anjos bons da nossa natureza” , o artigo propõe estudar a forma como, mesmo tendo começado nos Estados Unidos, o movimento Black Lives Matter (em português: Vidas Negras Importam) é um movimento social de importância e abrangência internacional, sendo qualificado tanto como um resultado do processo civilizatório, quanto como um marco nesse processo. Através do estudo de caso do movimento Black Lives Matter, o artigo foi dividido em três seções: (i) a primeira sobre o tema da humanização, globalização e movimentação trazendo uma base introdutória e teórica; em seguida, (ii) é contemplado o movimento Black Lives Matter, sua história, assim como o movimento no Brasil e o impacto que o movimento teve para o âmbito internacional; e (iii) finaliza-se com a última seção com as conclusões percebidas com a pesquisa.
A Diminuição da violência e os processos civilizatórios
Atualmente uma fala muito comum de ser escutada é “o mundo está cada vez pior”, principalmente quando relacionados à violência existente na sociedade. Steven Pinker aborda, em seu livro “Os anjos bons da nossa natureza” (2011), que a nossa sociedade passou, e ainda passa, por um processo civilizatório que torna o convívio humano cada vez menos violento, baseando-se na ideia de que existem marcos civilizatórios que nos pressionam a rejeitar certos tipos de violência que eram previamente aceitos. Outro argumento levantado por Pinker (2011) é o da revolução humanitária, onde as pessoas passaram a adquirir empatia pelo próximo, algo que o autor credita aos livros epistolares (escritos em primeira-pessoa) e, portanto, ao ganho de conhecimento que uma pessoa passou a ter pela situação de outra, quase como um estado de “se colocar na posição do outro”. Dito isto, um dos pontos levantados pelo autor como marco civilizatório e que fez parte da revolução humanitária é o movimento abolicionista negro, que desde então já levantava a questão óbvia do racismo.
Vivemos em uma época de grandes e rápidas transformações, o que normalmente, nos faz ter um maior acesso a informações, e nesse sentido, recebemos informações sobre casos de violência mais rápido e em maior quantidade que na antiguidade. Mas perceber como a sociedade civil se importa com os acontecimentos e não apenas é mais violenta é de extrema importância, pois dessa forma, conseguimos ver a realidade, que mesmo que ainda não ideal, há melhoras, e ainda que haja racismo e estruturas racistas dentro de nossa sociedade nós temos, historicamente, movimentos como o Black Lives Matter que lutam pela mudança.
A escolha de pesquisar o movimento, com base nas premissa de Pinker (2011), é o fato de que devido aos recentes casos o movimento se tornou o principal movimento na luta contra o racismo e violência contra pessoas negras, que são a parcela da população que mais sofre com violência, principalmente a violência policial.
Humanização, globalização e movimentação
A história do movimento negro começa com a colonização e a escravidão racial, desde então há uma resistência contra a escravidão e racismo, há pontos interessantes a se comunicar dentro desse espectro, como o movimento abolicionista (que demandava o fim da escravidão e foi um movimento global, mesmo que tenha demorado alguns anos para se tornar realidade em alguns países), o movimento dos direitos civis (que exigia direitos iguais para pessoas negras nos Estados Unidos), movimento Black Power (movimento empoderado da cultura negra, que criou várias instituições e políticas negras e antirracistas principalmente nos Estados Unidos), movimento feminista negro (movimento feminista que enfatiza a interseccionalidade da mulher negra dentro da estrutura patriarcal e racista vigente) e, o movimento Black Lives Matter, que será abordado posteriormente (ROBINSON, 1997).
Mesmo que esses movimentos aparecem na história como uma linha do tempo, onde dá a ilusão de que os direitos das pessoas negras e direitos humanos em geral são cumulativos e que se é conquistado dentro de uma linha linear, tais direitos podem ser ameaçados e infringidos mesmo após sua conquista por determinada minoria da população. Com base nesse entendimento, ColBert (2017) aborda o funcionamento dos movimentos negros como “webs of affiliations” (teias de afiliação), onde se é usado o termo “teia” para entendermos que não é algo linear na qual segue uma linha de progressão, desta forma, os movimentos negros, e por consequência, os direitos das pessoas negras também não são.
Nesse sentido, por vivermos em uma estrutura onde foi construído um sistema de preconceitos, selados ou não, sobre a pessoa negra desde o período da colonização, mas também pelo fato de que mesmo após a abolição da escravatura não houve um pensamento sobre a reinserção da comunidade negra a uma sociedade que basicamente sobrevivia de explorá-los, foram criados os movimentos de resistência a estrutura que impõe uma supremacia branca, seja pelas coisas mais básicas como os direitos fundamentais e civis sendo violados constantemente até a representação da pessoa negra na mídia, algo que não acontece apenas nos Estados Unidos mas basicamente em todos os países que tenham uma parcela da população negra.
Ter seus direitos reconhecidos por uma Estado é extremamente importante, não se há muito o que fazer quando seus direitos não são reconhecidos por ele somente lutar para que os mesmos sejam reconhecidos, mas mesmo com o reconhecimento de direitos pelo Estado percebe-se que a estrutura que a sociedade é inserida é baseada no privilégio branco (e altamente masculinizado), nesse sentido, altamente racista, ou seja, mesmo que o Estado reconheça que você obtém direitos e que eles devem ser respeitados, muitas vezes não apenas civis racistas como até mesmo o próprio Estado infringem os direitos de seus cidadãos negros, como os casos que vemos de abuso de poder e violência policial contra pessoas negras (RIBEIRO, 2018).
Assim como os Estados Unidos, reconhecido tanto por ser um “exportador” dos movimentos sociais atuais como pelos problemas raciais existentes no país até a atualidade, há outros lugares onde tais problemas ocorrem como o Brasil, um dos lugares com o maior índice de violência racista no mundo, a violência contra a pessoa de pele negra é algo alarmante, não apenas a violência física, mas como também outros tipos de violência. Por serem um grupo historicamente, estruturalmente é mundialmente marginalizado e discriminado a população negra passa por uma rotulagem de carácter (moral e ética) como sendo perigoso, ladrão, “vagabundo”, entre outros; essa rotulagem traz além da evidente discriminação racial e, muitas vezes, de classe social, também é um perigo extremo para a pessoa que é rotulada dessa forma apenas por possuir características que as declaram como negro(a) (KENDI, 2016).
Dentro dessa estrutura onde as pessoas de pele negra são discriminadas, é reconhecido que a mulheres negras, baseada em um sistema político-social – que aqui não especificamos sexualidade ou espectro de gênero – são as pessoas que mais sofrem com as infrações direitos e a falta de políticas públicas que consigam suprir a necessidade que elas apresentam na sociedade. A forma como o feminismo negro abarca essa conjunção de minorias é trabalhada dentro da abordagem interseccional, linha criada para demonstrar o lugar da mulher negra na sociedade atual e a forma como ela é afetada. Sendo, dentro do campo teórico do feminismo, um marco teórico que fomentou dentro do ativismo feminista negro, o entendimento de que era necessário abarcar essa interseccionalidade.
De acordo com o mencionado em parágrafos anteriores, há casos em que os movimentos sociais, que dão início em um lugar acabam influenciando outros lugares no mundo, fenômeno que acabou sendo facilitado com o advento da globalização. De acordo com Robinson (2007), o termo globalização é difícil de se obter uma única definição até mesmo dentro dos estudos de globalização, onde tal definição do termo vai depender da linha teórica que será trabalhada, podendo a globalização ser considerada o seu início em diferentes tempos e até mesmo visto como algo benéfico ou não. Dito isto, consideramos o seguinte conceito apresentado por Antony Giddens (1990) que considera globalização como “a intensificação de relações sociais em escala mundial que ligam localidades distantes de tal maneira, que acontecimentos locais são modelados por eventos ocorrendo a muitas milhas de distância e vice-versa”.
O conceito de globalização, apreciado anteriormente, se aplica a alguns casos dentro do movimento negro, principalmente quanto aos Estados Unidos como grande influenciador, como o feminismo negro e, um dos movimentos mais recentes, o Black Lives Matter (BLM). Entendendo que os movimentos sociais, em especifico o movimento negro, são o vetor atualmente para o aumento da consciência coletiva social e parte importante da contínua revolução humanitária.
Movimento Black Lives Matter
O movimento negro, Black Lives Matter (BLM), teve seu início em 2013 através do desabafo de Alicia Garza pela não condenação de George Zimmerman, homem acusado de matar o adolescente negro Trayvon Martin, onde ela usou a frase Black Lives Matter em um post em uma plataforma de mídia social. Tendo lido seu desabafo, a amiga Patrice Cullors transformou a frase na hashtag: #BlackLivesMatter, mais tarde a hashtag teria viralizado em todas as mídias sociais, então Alicia e Patrice, junto com outra amiga Opal Tometi, criaram a página online de mesmo nome.
O movimento, que por estar na internet já tinha certa abrangência dentro dos Estados Unidos, começou a ganhar força fora do país durante os anos seguintes, chegando até mesmo a ter uma página com seu nome em português, o Vidas Negras Importam. O movimento que foca, mais precisamente, em ser uma luta antirracista principalmente quanto a violência contra as pessoas negras, e durante os anos desde sua criação vem sendo lembrado não apenas por ativistas, mas pela população que facilmente entendeu a proposta e a mensagem que o movimento passa, principalmente por causa da clara e concisa ideia de que as vidas de pessoas negras importam e deveriam ser tratadas com respeito e cuidado tanto quando as vidas de pessoas brancas.
A expansão do Black Lives Matter se deu em 2014, após o assassinato de mais dois homens negros pela polícia no estado de Nova York, nos Estados Unidos. Com isso, houveram protestos por todo os EUA em nome do movimento BLM, tal paralisação deu uma enorme visibilidade ao movimento, ganhando importância não apenas dentro dos Estados Unidos, mas como internacionalmente. O funcionamento do BLM se dá através do ativismo local, onde cada um organiza sua própria campanha e programa, essas sedes locais são filiadas à fundação Black Lives Matter Global Network que tem sede nos Estados Unidos, Canadá e Reino Unido. Por essa abordagem local do movimento é que sua abrangência internacional foi eficaz, onde mesmo que fazendo parte de um grande movimento internacional, as sedes locais ainda podem lutar contra/por aquilo que os afeta diretamente.
Mesmo já obtendo certo reconhecimento internacional desde 2014, o real reconhecimento da sociedade no geral quanto ao movimento fora dos Estados Unidos foi em 2020, com a morte do americano negro George Floyd por um policial branco durante a pandemia que ocorrera naquela época, seu pedido por socorro de “I can’t breathe” (tradução: “não consigo respirar”) foi extremamente marcante, dado não apenas a própria situação de sua morte, mas pelo fato de a crise pandêmica se dar por uma doença que deixa a pessoa sem ar e adicionando isso ao fato de que a população negra é a população que mais morreu durante a crise do coronavírus, os protestos por sua morte foram massivos, com milhões de pessoas ao redor do mundo pedindo por justiça por sua morte, além de reinvindicações pela segurança tanto contra a violência policial como pelo tratamento quanto ao COVID-19.
Seguindo as premissas: “We are expansive” (nós somos expansivos); “We affirm the lives” (nós afirmamos as vidas); “We are working” (nós estamos trabalhando); “We affirm our humanity” (nós afirmamos nossa humanidade). Se apresentam como um movimento inclusivo e espaçoso (no sentido que cabe todos), que vai além do nacionalismo e que trabalha para afirmar a vida de todos, independente do seu gênero ou spectrum e posição na sociedade. Onde eles afirmam mais do que a sua humanidade, mas as contribuições que fizeram à sociedade e resiliência.
O BLM vem lutando pela segurança da pessoa negra, principalmente contra a violência policial sofrida por essa parcela da população, dentro desse escopo já tiveram inúmeras manifestações por pessoas que foram vítimas da violência racial como: Sandra Bland, Philando Castile, Freddie Gray, Laquan McDonald, Tamir Rice, Walter Scott, Alton Sterling e Breonna Taylor. Essas mobilizações não aconteceram apenas para casos nos Estados Unidos, mas em todo o mundo, inclusive no Brasil, especialmente quanto a ações policiais no Rio de Janeiro em comunidades periféricas que resultam em grande violência policial contra a população majoritariamente negra.
BLM no Brasil
Estamos aqui dando visibilidade à questão brasileira, pois é considerado um dos países que mais mata pessoas negras, e a violência policial é algo que só vem aumentando e que consequentemente afeta mais a população negra e periférica brasileira.
No Atlas da Violência (2020) é visto que para cada uma pessoa branca que morre de homicídio no país, 2,7 pessoas negras são assassinadas, e que apesar de a taxa de homicídios diminuiu em geral, apresenta-se de que a realidade para pessoas não-brancas ainda é complicada, tendo diminuído 7,6% menos do que a taxa de homicídio de pessoas brancas. O relatório alega ainda que mesmo havendo essa redução na taxa de homicídios, a desigualdade racial cresceu durante os anos que a pesquisa vem sendo realizada.
Além do fato do racismo no Brasil ser muito evidente, percebemos uma enorme participação do movimento Vidas Negras Importam, traduzido do Black Lives Matter, quanto a questão racial no país. O movimento no Brasil já existia em menor escala em anos anteriores a enorme ascensão do BLM com os protestos sobre a morte de George Floyd, mas foi com esses protestos de 2020, que junto ao que ocorria no país, com a morte do menino Miguel Silva, de Guilherme Silva Guedes, entre muitos outros. Chegando a Anistia Internacional Brasil há fazer uma campanha antirracista com o emblema do BLM (Vidas Negras Importam), uma grande organização sem fins lucrativos aderindo ao movimento.
Dentro do ativismo do movimento no Brasil temos a luta por justiça pela morte da vereadora negra do Rio de Janeiro Marielle Franco e seu motorista Anderson Pedro Gomes, executados em 2018, as inúmeras mortes por violência policial e racismo em comunidades periféricas, como a mais recente, a chacina do jacarezinho, a necessidade por segurança não apenas física como sanitária – sendo agravada por causa da situação pandêmica. O BLM no Brasil também reivindica igualdade racial e expõe a estrutura racista que a nossa sociedade foi construída e que perpetua tais valores ainda na atualidade não somente no Brasil e nos Estados Unidos, mas em todo o mundo.
Black Lives Matter no âmbito internacional
Apenas o fato de que um movimento que se deu por causa de uma hashtag (#) nas mídias sociais ter se tornado um movimento social que não é ativo apenas no país que o criou, mas no mundo todo já poderíamos considerar como um impacto significativo para o âmbito internacional. Mas junto com os protestos, reivindicações e redes sociais o Black Lives Matter é um movimento social internacional que expôs para o mundo a verdade que muitas pessoas já sabem e passam por: a de que o mundo foi criado em cima de uma base racista e que a estrutura vigente é tão racista quanto a base, mesmo que, infelizmente, nem todos tinham consciência disso.
Com a conscientização feita por esse movimento, as autoridades dos países se viram obrigadas a comentar sobre, sendo um deles o Papa Francisco que disse: “a violência das últimas noites é autodestrutiva (…). Nada se ganha com a violência e muito se perde” sobre a morte de George Floyd e a violência policial. E António Guterres, Secretário Geral das Nações Unidas que usou o twitter para comentar sobre racismo e a posição da ONU: “Minha posição sobre o racismo é cristalina: esse flagelo viola a Carta da ONU e avilta nossos valores fundamentais. Todos os dias, em nosso trabalho em todo o mundo, nos esforçamos para fazer a nossa parte para promover a inclusão, a justiça, a dignidade e o combate ao racismo em todas as suas manifestações”.
A movimentação do Black Lives Matter quanto a morte de George Floyd e a violência sistêmica sofrida por negros fez com que uma resolução fosse aprovada no Conselho de Direitos Humanos da ONU, na qual, seria feito “um relatório sobre o racismo sistêmico, as violações do direito internacional em relação aos direitos humanos e os maus-tratos contra africanos e pessoas de descendência africana pelas forças de segurança” fazendo referência as situações que levaram a morte de Geroge Floyd e consequentemente aos protestos do BLM.
O impacto do movimento foi tão grande que chegou a ser reconhecido pela comissão do prêmio Nobel, o movimento Black Lives Matter sendo um dos nomeados ao prêmio Nobel da Paz de 2020, apesar de não ter ganho o prêmio neste ano é imprescindível o quanto o movimento foi importante para uma evolução da humanidade quanto ao combate ao racismo, principalmente no ano de 2020. E o fato de o movimento ter se tornado internacional e ter colocado o tópico do racismo e da violência contra pessoas negras tópico a ser discutido não somente dentro dos países, mas no sistema internacional em lugares como a ONU.
Marco da Revolução humanitária
O movimento social Black Lives Matter pode ser considerado, atualmente, como um marco de uma revolução humanitária e de um processo civilizatório quanto a violência e a importância da vida negra, assim como, quanto a conscientização sobre o racismo e a violência sistêmica estrutural causada por séculos de subjugação da pessoa negra. O movimento foi capaz de trazer várias pautas raciais ao pensamento público que outrora sequer foram mencionadas, como a violência policial e a existência, nos países, de figuras que de certa forma glorificavam um passado escravista negreiro.
O rápido crescimento do movimento BLM deve-se à conexão do mundo através da internet e mais precisamente das mídias sociais. O BLM é um movimento internacional e, portanto, foi globalizado, unificando, até um certo ponto, as nações por terem e lutarem por causas em comum como o racismo. O fato de que atualmente as notícias mundiais podem ser consumidas quase na hora do ocorrido por todas as pessoas do globo, foi uma coisa extremamente crucial para o desenvolvimento do movimento como um movimento social internacional, principalmente quando vemos a comoção que a morte de George Floyd causou em outros países além do Estados Unidos.
A pauta racial está em evidência como nunca esteve desde os movimentos de direitos civis, e dessa vez, o que está em discussão é a estrutura como um todo e não somente um caso isolado, a estrutura que percebemos em todos os países e que por isso, o Black Lives Matter teve tanta importância não somente nos cenários nacionais, mas como em um âmbito internacional onde se foi possível ver algumas movimentações sobre o tópico.
A contribuição, como movimento social internacional, que o Black Lives Matter deu a sociedade é inestimável, e podemos perceber isso no fato de que depois dos protestos pela morte de George Floyd que aconteceram no mundo todo, o movimento está presente em todas as paralisações sociais fazendo pressão e conscientizando a população e governos sobre as pautas raciais. Desta forma, o BLM é capaz de mostrar a importância e urgência das pautas que ele carrega e engajar o mundo todo nelas.
Referências Bibliográficas
COLBERT, Soyica Diggs. Black Movements. New Brunswick: Rutgers University Press, 2017. 241 p.
GIDDENS, Anthony. The Consequences of Modernity. Stanford: Stanford University Press, 1990. 188 p.
KENDI, Ibram X.. Stamped from the Beginning: the definitive history of racist ideas in america. S/I: Bold Type Books, 2016. 594 p.
PINKER, Steven. Os anjos bons da nossa natureza: porque a violência diminuiu. S/I: Compahia das Letras, 2011. Cap. 4. p. 200-281.
RIBEIRO, Djamila. Pequeno manual antirracista. S/I: Companhia das Letras, 2019. 136 p.
ROBINSON, Cedric J.. Black Movements in America. S/I: Routledge, 1997. 178 p.
ROBINSON, William. Theories of Globalization. In: RITZER, George. The Blackwell Companion to Globalization. Nova Jersey: Blackwell Publishing, 2007. Cap. 6. p. 125-143.